Já aqui referi em tempos a necessidade de ser criada uma agenda reguladora de eventos na região, de forma a que não se assista a uma desnecessária acumulação de eventos na mesma data. Bem sabemos que a organização de qualquer iniciativa, desportiva, cultural, ou outra, o que pretende é alcançar o sucesso e apresentar um saldo final positivo para poder prosseguir com a realização das edições futuras.
Contudo, há eventos que pela sua concepção e missão, poderiam colher melhores resultados e tornarem-se marcantes. E há mesmo exemplos dessas realizações temáticas que são marcantes e por mais sobreposições que se registem não serão afectados. Refiro-me, por exemplo, à Feira da Caça e Pesca no Parque das Cidades, à Feira da Serra de S. Brás de Alportel, ao Concurso Arte Doce de Lagos, ao Festival do Marisco em Olhão, à Fatacil em Lagoa, e a outros. Como é óbvio não vou aqui referi-los a todos. Estes são apenas indicados a título exemplificativo. Isto para dizer que há eventos que estão a sobrepor-se uns aos outros e que nada beneficiam por se realizarem em Julho ou Agosto.
Poderiam mesmo ser deslocados para Junho ou para Setembro. Que adianta ao expositor ter milhares de olhos em cima do seu stand e dos seus produtos se quase ninguém os compra?! Apenas olham para eles, por curiosidade, pelo que a arte subjacente lhes desperta, ou por um motivo concorrencial. Nada mais que isso... e lá vão comentando: “Muita giro, não achas!...” - e o outro responde. “Sim, sim...”... Melhor, seria serem apenas algumas centenas de olhares interessados e desses sobressaírem alguns compradores. Ganhavam os expositores, ganharia certamente a organização do evento e ganhava a região tradicional, porque os produtos conquistavam também o seu próprio interesse no plano cultural e no espaço económico.
A coordenação dessa tal agenda de eventos poderia ser efectuada pela RTA e/ou pela AMAL, em colaboração com os diversos municípios e outros subsidiadores.
Não vejo porque motivo se não faz essa coordenação e ao invés são reforçadas as verbas dos apoios (para colmatar prejuízos!?...) Por sua vez os expositores reclamam espaço grátis... e com razão!... porque estão a transformar os certames em “feiras de vaidades” em que os ganhos, a existirem, serão meramente políticos. Além disso, os que mereceriam ser devidamente apoiados, dada a dispersão de apoios existente, acabam por não o ser e também perdem.
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