29 março 2006

Algarve perde fundos comunitários

Algarve perde mais de metade dos fundos comunitários.
Quebra de 75% em relação aos números do III QCA.

O Algarve deverá receber apenas cerca de 250 milhões de euros de fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) - 2007-2013, registando uma quebra de 75% em relação aos números do III Quadro Comunitário de Apoio (QCA), segundo afirmou hoje Macário Correia, presidente da Junta Metropolitana do Algarve.

A perda de fundos comunitários devido à saída do lote de regiões de coesão - do III QCA, estavam destinados ao Algarve mais de 1,1 mil milhões de euros, pelo que a quebra deverá situar-se nos 75% - não agrada ao líder dos autarcas algarvios, embora este tenha reconhecido que o País "fez uma negociação globalmente positiva".

"Além do facto de recebermos menos verbas, existe ainda outra questão delicada, o chamado 'efeito de ilha': como o Algarve fica nas zonas mais favorecidas, Sevilha e Alentejo têm apoios superiores, tornando-se uma situação desconfortável para a região no seu todo e, em particular, para o interior", sublinhou Macário Correia.

"Contamos com o governo para que encontre alguns mecanismos de ajuda a nível interno para compensar este decréscimo", assinalou o autarca tavirense. Com menos dinheiro, os presidentes das 16 câmaras municipais vão ter de se entender quanto a investimentos estruturantes, essencialmente em relação "a equipamentos de natureza supra-municipal e de importância regional", acrescentou.

A última grande oportunidade

"Durante duas décadas, tivemos fundos europeus com alguma facilidade, agora vamos ter este período de 6/7 anos que constitui a última oportunidade, pois, com o alargamento e políticas financeiras à escala da União Europeia, vamos ter muito menos dinheiro no futuro. Esta é a última grande oportunidade do Algarve", concluiu Macário Correia.


in: região-sul

28 março 2006

Cortiça têm efeitos anti-cancerígenos


A cortiça tem efeitos anti- cancerígenos e antioxidantes quando em contacto com o vinho e a sua produção ajuda a combater os efeitos de estufa e o aquecimento global, segundo um estudo hoje divulgado.

Estudos prévios realizados pelo Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), e que serão apresentados em Maio em São Brás de Alportel (Algarve), no âmbito das III Jornadas Técnicas da Cortiça e Vinho, indicam que a cortiça em contacto com o vinho tem benefícios na saúde do ser humano. (ver noticia completa)


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26 março 2006

Demolição na Rua Serpa Pinto (continua)

Demolição de Armazém na Rua Serpa Pinto
põe Câmara Municipal em Tribunal

Está no Tribunal da Comarca de Faro a queixa crime contra a Câmara Municipal de São Brás de Alportel pela demolição da armazém da familia Machado.

A queixa crime imputa responsabilidades, à Câmara na pessoa do sr. presidente e engenheiros camarários, à GNR na pessoa do comandante do posto e outros soldados bem como à firma responsável pela execução da obra.

António Eusébio já deu a saber que a Câmara Municipal iniciou o processo de averiguações com a abertura de processos disciplinares a alguns funcionários com responsabilidades no sucedido.

Numa obra sem caderno de encargos, sem alvará (nós bem procuramos, mas não encontramos a placa identificativa da obra, e não acreditamos que esteja debaixo dos escombros do armazém) não vai ser fácil para António Eusébio justificar a destruição da propriedade alheia.


Media já acompanha o caso da "queda" do armazém

Já assistimos na TVI e na SIC as declarações dos intrevenientes.

As ultimas foram no Programa da Fátima - SIC onde afirmando que a demolição foi com o conhecimento e autorização da proprietária do armazém, António Eusébio tentou afastar-se deste sórdido episódio, sem conseguir explicar como é que a Câmara desconhece a existencia de um armazém naquele local e porque não se parou a demolição quando foi alertado que o armazém estava cheio de materiais e móveis em perfeitas condicões.

Já a proprietária remeteu a culpa para aCâmara Municipal, afirmando que apenas foi dada autorização para demolir a ruina que se encontrava pegada ao armazém.


Baseando-se em aspectos técnicos de engenharia, António Eusébio gaguejando lá foi defendedo a demolição de toda a parcela, ruina e armazém. insistindo que a câmara desconhecia a existência do armazém.


A obra, sem projecto/caderno de obra para fazer rua que serve de entrada/saída entre a rua Serpa Pinto e a Avenida da Liberdade com passagem pelo que virá a ser maior parque de estacionamento do Centro da Vila,começa a ter contronos de negócio imobiliário, desnecessário relembrar que com um pouco de especulação imobiliária o pedacinho de terreno onde o armazém se encontrava pode rondar os 250.000 euros. Não podemos esquecer que esta zona (em volta do parque de estacionamento) tem estado sujeita a varias atropelos sem que se saiba ainda muito bem como será o traçado final da rua que ligará a avenida à serpa pinto, havendo inclusive outras obras embargadas na s proximidades.

Embreve ficaremos a saber de mais novidades, o jornalismo de investigação anda a preparar as novas cenas dos proximos capitulos de esta novela sambrasense!


(ai estória da carochinha!!!... continuamos sem entender o que aconteceu aqui)
(se tem uma teoría, bota aí!... escreve nos comentários!..)

25 março 2006

PROTAL passa a fase de concertação


PROTAL ganha terreno
Contra as expectativas documento passa à fase de concertação.

Apesar das imensas críticas de todas a autarquias algarvias ao novo PROTAL, terminou sexta-feira em Faro o processo de revisão pela Comissão Mista de Coordenação, com a maioria das Câmaras a votar a passagem do documento à fase de concertação.

Todas as autarquias continuam em desacordo com a generalidade do documento, mas acreditam que na fase de concertação vão resolver positivamente a maioria das discórdias, o que não acontece com S. Brás de Alportel e Aljezur.

Os dois municípios votaram contra, e abstiveram-se Albufeira e Lagoa. As restantes edilidades aceitaram passar à fase seguinte, o que significa reunirem individualmente com a CCDR com vista a alguns ajustes.

Ajustes que na realidade não serão muito significativos para além de melhorias de texto e algumas nuances, tendo em conta o que disse o próprio presidente da CCDR, Campos Correia, no final da sessão. (ver noticia completa).

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Proposta para o novo PROTAL com apoio de associações ambientalistas.
Documento "rompe com o passado de devassa do litoral", consideram.

As associações ambientalistas Almargem, "A Rocha" e Altela - Fórum de Cidadania consideram o processo de revisão do Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (PROTAL) um "passo fundamental" para assegurar "um Algarve mais sustentável" no futuro.

Representante das organizações não governamentais ligadas ao ambiente, a Almargem divulgou recentemente, em conjunto a Associação A Rocha e a Altela - Fórum de Cidadania, o parecer conjunto sobre a proposta para o novo documento, que consideram "um claro rompimento com o passado, ainda muito recente, nomeadamente sobre a necessidade de conter em definitivo a devassa a que o litoral da região foi sujeito nas últimas décadas".

Os ambientalistas salientam que a proposta "carece de opções de desenvolvimento para áreas que consideramos até agora terem estado a salvo, mas não imunes, cujo desenvolvimento turístico deve ser pautado por critérios objectivos de respeito pelos valores naturais, mas igualmente da paisagem e dos valores culturais".

Se o PROTAL for aprovado, referem as associações, "constituirá sem dúvida a última oportunidade para o Algarve se redimir do seu passado recente, cujo peso tantas marcas negativas impôs". Se não o fizer, "estará a hipotecar, se é que já não o fez, todo o futuro da região".



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23 março 2006

Demolição por lapso na SIC (actualizado)

É na proxima segunda-feira dia 27, em directo na SIC.

No programa da Fátima Lopes a partir das 10 horas.


A história é a demolição do armazém na Rua Serpa Pinto.

Lidia e Pedro Machado são os convidados, num painel onde também vai estar a dona do armazém demolido. Convidados pela SIC a Câmara declinou o convite, não vão estar presentes nem o António Eusébio, nem qualquer representante da Câmara Municipal, já o empreteiro da obra até hoje (23/4) às 7 da noite não tinha respondido ao convite.

A não perder, vamos ficar a conhecer mais acerca desta história.


A Câmara não vai estar presente? não pode ser...
UMA VERDADEIRA NOVELA SAOBRASENSE
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22 março 2006

FOTOS DOS LEITORES

titulo: "Sem Comentários"
enviado por: Anónimo

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titulo: "fonte/lavatórios vilarinhos"
enviado por: Anónimo1

Comentário:
"...numa altura em que se procede a inauguração de novos espaços
na requalificação urbana muito ainda há para fazer!..."

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titulo: "arte ou vandalismo"
enviado por: Anónimo2

Comentários:
"... tinta, rolo, já está. pintura nova."

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Se quiseres enviar as tuas fotos
sbras.blog@sapo.pt
(manteremos o teu anónimato)


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21 março 2006

Dia Mundial da Árvore

Programa Comemorativo do Dia Mundial da Árvore
De 21 a 25 | de 3ª feira a sábado | 08h30 – 12h30 | Mercado Municipal

> Oferta de Árvores para plantar

Plantar uma árvore é lançar uma semente de esperança!
Comemore o Dia Mundial da Árvore, da melhor forma.
Dirija-se ao Mercado Municipal e leve, gratuitamente, 1 ou 2 árvores para plantar.
Ciprestes / Medronheiros / Mélias / Pinheiros / Piricantas / Casuarinas / Sobreiros.

Org.: Câmara Municipal de São Brás de Alportel

20 março 2006

Inaugurações projectos urbanísticos

Dando continuidade à estratégia que tem vindo a ser seguida, a Câmara Municipal procedeu à execução de um conjunto de projectos de arranjo urbanístico, visando o ordenamento e embelezamento dos locais.

A autarquia promoveu a realização de um circuito de apresentação de um conjunto de obras, no passado dia 18, sábado .

Com inicio junto a um novo espaço público, na Rua Padre Sena Neto, passou pelo novo espaço público no sítio de Mesquita, apresentou depois a obra de valorização do Poço Velho, seguiu depois para um novo espaço público em Peral e finalizará o terminou o percurso, com a apresentação da obra de valorização do Poço do Peral, onde decorreu um pequeno beberete.

(Já lá vão quantas?... 48 placas?! António Eusébio, um nome que vai ficar gravado na história de S. Brás, sem dúvida! Os espaços estão muito mais bonitos. Excelente o trabalho desenvolvido pela In-Loco. É uma mais-valia do concelho)
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Fontes e Poetas

Fontes e poços valorizados recordam os poetas do concelho

Depois de Bernardo de Passos, João Brás e José Dias Sancho, será desta feita José Vicente o poeta são-brasense a ser recordado, no âmbito da acção de valorização dos poetas do concelho, que o Município desenvolve, deixando em cada fonte ou poço valorizado um pequeno excerto da poesia dos autores são-brasenses.

No Poço Velho, no Sítio da Mesquita, onde o poeta viveu, vai ser colocada uma placa com uma quadra de autoria de José Vicente de Brito.

Natural do concelho de São Brás de Alportel, este poeta popular nasceu em 1872 e faleceu em 1957, deixando na memória do povo a lembrança dos seus versos, que sempre o acompanhavam, assaltando as conversas e divertindo a roda de amigos… Versejando sobre as agruras de uma vida de trabalho, sobre tudo José Vicente deitava um mote e um conjunto de glosas que guardava na memória, já que nunca aprendeu a ler ou a escrever. Na lembrança, apontava uma poesia que se soltava da inspiração, tão naturalmente como água que corre da fonte.

Sem nunca ter tido oportunidade de ir à escola, a modesta vida no campo, agarrado à enxada, de sol a sol, não impediu que corresse nas suas veias o talento de poeta.

Lembram os mais antigos que depois do longo dia de trabalho, José Vicente passava sempre pela adega do Ti João Neves (em São Brás de Alportel) e depois de uns “copinhos”, soltava-se-lhe a língua em versejo. Por volta das cinco da tarde, passaria pela antiga adega um cauteleiro louletano, que ali aguardava a camioneta de regresso para Loulé, quase sempre na mesa de José Vicente. À desgarrada, os dois companheiros levavam horas a versejar sobre os episódios da vida e as grandes lições que dela se podem tirar. O cauteleiro chamava-se António Aleixo, poeta contemporâneo de José Vicente, que com partilhou a quadra e o olhar crítico sobre a sociedade do seu tempo.



Marlene Guerreiro

19 março 2006

Revisão do PROTAL

Processo de revisão do Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (PROTAL).


A Câmara Municipal e a Assembleia Municipal de São Brás de Alportel vão promover, na próxima quarta-feira, 22, pelas 21:00 horas, um debate sobre o processo de revisão do Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (PROTAL).

"No quadro de uma linha estratégica de proximidade aos cidadãos e de construção participada do futuro, seguida pelo município, pretende esta iniciativa promover o debate e a participação activa dos cidadãos, em torno de um dos mais importantes "dossiers" que está neste momento em cima da mesa de decisões da região algarvia", refere a autarquia.

O fórum, marcado para o Salão Nobre dos Paços do Município, analisará a proposta de plano apresentado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, na perspectiva "das suas implicações futuras" para o concelho são-brasense.

17 março 2006

Demolição por lapso engole memórias de uma família

por: JN -Virgilio Rodrigues e Marisa Rodrigues

Mãe e filho estão em estado de choque. O armazém que tinham arrendado, há vários anos, em São Brás de Alportel, foi demolido aparentemente por engano. A ordem para deitar abaixo o imóvel foi dada pela autarquia com autorização do proprietário. Só que ninguém se lembrou que o espaço estava arrendado a terceiros. Todo o recheio do armazém ficou debaixo dos escombros.

"Perdemos mobílias antigas, roupas e muitas recordações de família, como as cartas que o meu marido, falecido há 20 anos, escreveu quando estava na guerra do Ultramar", contou, emocionada, Lídia Machado, arrendatária do imóvel e de duas lojas de pronto-a-vestir.

Na quarta-feira da semana passada, o filho, Pedro Machado, deslocou-se ao armazém para ir buscar roupa e deparou-se com o insólito. Uma parede e parte do telhado já tinham sido destruídas. "Pedi que parassem as máquinas e expliquei que tinha coisas lá dentro. Não me deram ouvidos, alegando haver ordens expressas da câmara para demolir tudo", acusa. E garante ainda ter sido "impedido de apresentar queixa no posto da GNR". "Disseram-me para contactar a câmara, que é uma entidade que não comete ilegalidades", conta.

Fonte da guarda nega as acusações. "Os queixosos não tinham recibos do arrendamento, nem sabiam contra quem queriam apresentar queixa, por isso, foram aconselhados a voltar mais tarde, o que não fizeram", diz.

Os arrendatários decidiram, então, contratar uma advogada que apresentou queixa no Ministério Público contra a autarquia, a construtora e a GNR. Como a demolição foi rápida (cerca de duas horas) apenas conseguiram embargar os trabalhos de remoção dos destroços.

A ideia da demolição surgiu durante as obras de reabilitação da estrada Nacional 2. "O empreiteiro alertou-nos para o risco de derrocada do edifício, bastante degradado," explica o presidente da Câmara de São Brás de Alportel, António Eusébio. Para acelerar o processo, a autarquia solicitou, por fax, autorização à proprietária para proceder à demolição. A reposta foi favorável e foi dada ordem ao empreiteiro para deitar abaixo. "Nunca fomos alertados para a existência de um armazém nem de um arrendamento a terceiros", refere o edil.

Versão diferente tem Pedro Machado. Garante que o imóvel tinha duas parcelas e que o armazém funcionava numa delas. "A senhoria diz que apenas deu autorização para demolir a ruína (uma das parcelas) e não o armazém contíguo", justifica. No entanto, de acordo com a autarquia, todo o imóvel está registado como uma só parcela.

Mãe e filho não se conformam. "Foi possível recuperar algum mobiliário e roupas, mas quase tudo foi destruído", diz Pedro Machado, que refere o desaparecimento de um cofre. "Estava dentro do armazém e guardava vários objectos em ouro, herança de família", acusa. O JN tentou, sem sucesso, contactar a empresa que procedeu à demolição.


16 março 2006




Obras de reabilitação da entrada norte (Actualização?)

Demolição de Armazém na Rua Serpa Pinto põe Câmara em Tribunal


Já deu entrada no Tribunal da Comarca de Faro a queixa crime contra a Câmara Municipal de São Brás de Alportel. António Eusébio terá que responder em tribunal pela demolição do Armazém na Rua Serpa Pinto.


Segundo apuramos a queixa crime imputa responsabilidades, à Câmara na pessoa do sr. presidente e engenheiros camarários, à GNR na pessoa do comandante do posto e outros soldados bem como à firma responsável pela execução da obra.


Por um lado, numa obra sem caderno de encargos, sem alvará (nós bem procuramos, mas não encontramos a placa identificativa da obra, e não acreditamos que esteja debaixo dos escombros do armazém) não vai ser fácil para António Eusébio justificar a destruição da propriedade alheia.


Pelo outro, com uma boa dezena de testemunhas (dispostas a corrigir a habitual arrogancia na actuação de certos militares da força da ordem) e provas documentais sobre a actuação da GNR (ou a falta dela) neste caso, o Comandante do Posto Sarg. Rodrigues não terá a vida facilitada para justificar a actuação dos seus soldados.

Ainda quem poderá ver todo este processo passar-lhe ao lado é a firma responsável pela obra.


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TVI e SIC já acompanham o caso da "queda" do armazém

Já assistimos (na TVI e na SIC) as primeiras declarações dos intrevenientes.
Quer do arrendatário quer da Câmara revelam nos surpreendidos.
O arrendatário supreendido por lhe terem demolido o armazém e a Câmara surpreendida por o armazém estar ali. A GNR não se viu!...

Com as "culpas" para a senhoria (proprietária do armazém), António Eusébio tentou assim afastar-se deste sórdido episódio, sem conseguir explicar como é que a Câmara desconhece a existencia de um armazém naquele local e porque não se parou a demolição quando foi alertado que o armazém estava cheio de materiais e móveis em perfeitas condicões.

Esta obra, sem Alvara e sem projecto/caderno de obra para fazer rua que serve de entrada/saída para a rua Serpa Pinto e a Avenida da Liberdade com passagem pelo maior parque de estacionamento do Centro da Vila, o negócio imobiliário começa a evidenciar-se, é necessário relembrar que e com um pouco de especulação imobiliária o pedacinho de terreno onde o armazém se encontrava pode rondar os 500.000 euros.

Embreve ficaremos a saber de mais novidades, a televisão de investigação anda a preparar
as cenas dos proximos capitulos de mais esta novela sambrasense!


15 março 2006

Percursos Natureza

No âmbito de uma estratégia de promoção turística e de valorização do património histórico e natural do município, a Câmara Municipal procedeu à criação de um conjunto de percursos pedestres e de BTT, mediante a limpeza de antigos caminhos pedonais e a sinalização de locais de interesse:

PP 1> Caminhos e Encruzilhadas de ir à Fonte
Percurso pedestre de 9Km por antigos caminhos do barrocal, no sítio de Mesquita e Bengado.

PP 2> Entre Vales Fontes e Memórias da Serra do Caldeirão
Percurso pedestre de 20Km, dividido em 3 diferentes troços optativos, na zona serrana do concelho, pelo sítios de Parises e Cabeça do Velho.

PP3> Barranco das Lages
Percurso pedestre de 7Km, nos pitorescos locais da fronteira norte do concelho, com partida no Cerro da Ursa.

Passeios Pelo Vale de Alportel
PP4> Passeio no Vale… Por caminhos de Almocreves

Percurso pedestre de 28,3Km, dividido em 3 diferentes trilhos - Trilho da Alcaria, Trilho da Várzea da Cova e Trilho da Ribeira do Alportel – no bonito Vale do Alportel.

PP5> Passeio ao Poente… no crepúsculo da Soalheira
Percurso pedestre de 9km, contemplando a bonita vista sobre o barrocal e o mar, com partida no Adro de São Romão.


Marlene Guerreiro
in: Planeta Algarve

12 março 2006

Novo site da Câmara já está on-line.

Novo site da Câmara já está on-line.

No seguimento da execução do projecto Algarve Digital, mais concretamente no sub-projecto relativo aos Sítios Internet Autárquicos, a Câmara Municipal de São Brás de Alportel já disponibilizou ao público o seu novo site. Estes encontra-se alojado no centro de dados regional do Algarve Digital.

As remodelações levadas a cabo no site autárquico contempla novas funcionalidades, designadamente serviços em rede, que facilitam a proximidade com o cidadão.


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Só é pena ainda não estar a 100%, muitos dos serviços não tem conteudo, a informação é escassa e as funcionalidades que facilitam a proximidade ao cidadão são... veja você mesmo!

Esperavamos muito mais, este é um sitio internet muito abaixo das expectativas, igual ao que a autarquia nos tem vindo a habituar...

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10 março 2006

Reabilitação da entrada norte vai parar?



Obras de reabilitação da entrada norte correm o risco de serem embargadas.


Em causa está a demolição de armazém na Rua Serpa Pinto.



Não querendo pensar que a Câmara Municipal tenha usado da má-fé para concretizar as obras de reabilitação da entrada norte a tempo e horas da inauguração já marcada, achamos que tratou-se de um engano.

Estando prevista a demolição da ruína que se encontrava ao lado do armazém, a Câmara Municipal procedeu á demolição da ruína e do armazém.

Os prejuízos causados pela demolição neste momento são incalculáveis, pois o armazém servia de arrecadação de material que servia as lojas situadas na Avenida da Liberdade e nele também estavam guardados muitas das “memórias da família”.

GNR tem actuação paupérrima.

Alertada pelo arrendatário para o facto que o armazém estava a ser demolido indevidamente, ainda antes deste ser demolido, e que o recheio do armazém esta a ser saqueado a GNR de São Brás de Alportel, além de nada fazer para o evitar, ainda escusou-se a receber a queixa do arrendatário.

Aguardamos mais desenvolvimentos desta notícia

08 março 2006

Poeta da bandeira e da alimentação saudável


Bernardo de Passos, poeta da Bandeira e da alimentação saudável.

É um facto que os poetas portugueses estão esquecidos. Explicando, tirando Pedro Mexia, que aparece em tudo o que são jornais, editoras, blogs e colóquios, quem se lembra dos outros?

Na verdade, só quando fenecem e o coro do país se entristece.

Mas se há dias poéticos, hoje foi um deles. E tudo por causa de um poeta algarvio, de S. Brás de Alportel, Bernardo de Passos. Não sei se direi que o poeta é de S. Brás natural! Parece que o governo quer acabar com as freguesias que correspondem a concelhos; e nesse caso...

Bom, mas vamos ao que interessa. Antes de separar a «Notícias de Sábado» - revista do DN do dia - para o contentor do ecoponto, entretenho-me a recortar uma ou outra crónica para leituras dos meus alunos.

E lá aproveito para ler a crónica do Francisco José Viegas sobre restauração. Mas eis que dou com uma pequena notícia no fundo da página sobre o ensino do estômago.

Leram bem! Trata-se de um projecto do Gabinete de Nutrição do Centro Regional de Saúde Pública que avalia a qualidade da alimentação nas escolas públicas. O que interessa aqui, e que tem a ver com o poeta de «Ecos da Serra», é que é justamente a Escola do Poeta Bernardo de Passos, de S. Brás de Alportel, que merece a distinção do Diário de Notícias.

Tudo porque a cozinheira da Escola promove o peixe grelhado, o arrozinho de polvo e – manjar dos deuses – a massada de tamboril. Da sopa já eu tinha ouvido falar, muito e bem. De parabéns está a D. Maria Otília Neto e o poeta Bernardo de Passos, um bom garfo neste caso.

Mas esta história cruza-se com outra. Deram pelos novos equipamentos da selecção de futebol para o mundial 2006? Camisolas marrons e calçanitos verde tropa?! E equipamento alternativo preto?

Não é que eu me perca de amores pela bandeira verde-rubra, cheia da coloração dos países pós-coloniais e já gasta de tantos anos de dinastias republicanas. O caso que me trouxe aqui é que o poeta Bernardo de Passos também foi um defensor acerado desta bandeira, no seu tempo de arrojo patriótico.

E esgaravatando nas simbologias da república encontro-o a versejar assim:
«[...] Ela é tão nossa já, a guiar-nos os passos...
De tal forma diz Pátria, essa bandeira bela,
Que ou esta Pátria vive erguendo-a bem nos braços
Ou esta Pátria morre amortalhada nela!»

Vejam lá se a bandeira também não nos alimenta, de forma saudável?


Helder Faustino Raimundo

Professor da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve


in: Barlavento

07 março 2006

Freguesia (extinção em banho-maria)


Divisão em vez de extinção

O projecto que prevê a extinção de algumas juntas de freguesia, entre elas a de São Brás de Alportel, parece estar em banho-maria. Mesmo assim o presidente da autarquia quer avançar com a divisão e criar mais uma junta no concelho.

António Eusébio, presidente da Câmara de São Brás de Alportel, mostrou-se satisfeito com o que parece ser um recuo por parte do Governo no projecto de extinção de juntas de freguesia.

Afirmou que “mais uma vez sei do que se passa pela comunicação social, a mim nada me foi dito oficialmente”, mas parece-lhe positiva a atitude.

O ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, defendeu este fim-de-semana que «é preciso trabalhar em rede para alargar competências das freguesias» e garantiu que o Governo não tem o objectivo de extingui-las, noticiou a Agência Lusa.

Mesmo assim, António Eusébio mantém a intenção de dividir o concelho em duas juntas de freguesia ao invés de extinguir a que já existe. O presidente da autarquia garante que o município sai beneficiado desta divisão, uma vez que, “somos dos concelhos mais prejudicados a nível financeiro, criando mais uma junta, as finanças locais seriam beneficiadas”, explica.

O objectivo do município de São Brás de Alportel é dividir a junta já existente entre a Serra e o Barrocal. A primeira ficaria com cerca de dois mil eleitores e a segunda ascenderia os sete mil. Números que, segundo António Eusébio, justificam a medida e trariam grandes vantagens para o concelho.

Uma divisão que a autarquia pretende levar em frente e que surge da eventual extinção sugerida pelo Governo que parece ter agora recuado no projecto.

in: Observatório do Algarve

06 março 2006

Revitalização do Centro Histórico

Concurso público de ideias para o arranjo e ordenamento do
Centro Histórico de SÃO BRÁS DE ALPORTEL

Estas imagens fazem parte dos estudos e da Apresentação final para o CONCURSO PÚBLICO DE IDEIAS PARA O ARRANJO E ORDENAMENTO DO CENTRO HISTÓRICO DE S. BRÁS DE ALPORTEL que foi produzido com o apoio sistemático de modelações 3D e de simulações virtuais obtidas através de tecnologia Autodesk (AutoCAD e 3Dstudio).



As imagens produzidas permitiram ilustrar convenientemente as ideias, assim como antever, estudar, debater e decidir o estado final da proposta. Este projecto classificado em primeiro lugar confirma mais uma vez que a utilização destes meios de vanguarda na apresentação e mostra antecipada de intervenções de Arquitectura tem resultados de inegável vantagem.

Todos os desenhos 2D foram produzidos em AutoCAD e foram elaboradas imagens de um modelo 3D da zona mais significativa da intervenção. Essas imagens tiveram impacto e permitiram uma muito mais fácil transmissão dos objectivos ao júri do concurso. As modelações foram efectuadas em AutoCAD e as imagens extraidas destes modelos foram elaboradas no 3Dstudio.

Dados do Concurso:

Cliente Final: Direcção Geral de Turismo

Classificação: 1º Prémio

Autores do Projecto de Arquitectura: Carlos Severo, João Vasconcelos, Vitor Coelho

Consultores e colaboradores : Irene Cadima, Luís Paulo Lopes.

Computação gráfica: Vitor Coelho

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Nota:
Este concurso é datado de mil novecentos e troca o passo.
Não se sabe se algum dia estas obras serão feitas.
Não há nada que indique que este projecto que tenha sido validado.
...mas que o largo de s.sebastião ficava mais bonito, isso ficava!

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05 março 2006

EDP mantém linha de alta tensão no Algarve

A REDE Eléctrica Nacional (REN), do grupo EDP, vai manter a contestada localização da linha de alta tensão que está a ser construída entre Tunes, no concelho de Silves, e Estói, no município de Faro.

As obras, paradas desde Abril, altura em que os autarcas de Albufeira e Loulé as embargaram, deverão recomeçar em Setembro, quando estiver concluído o estudo sobre possíveis alternativas ao percurso da linha de 41,2 quilómetros de cabos, apoiados em 106 postes gigantes, que atravessa cinco concelhos (Albufeira, Loulé, S. Brás de Alportel, Faro e Silves)

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... e a autarquia de São Brás!?... tem andado a dormir!...
Como vem sendo hábito, António Eusébio anda a reboque de outros , depois quando calhar a pior parte ao concelho, aparece cheio de preocupações e na defesa de S. Brás nos Jornais e TV´s...

Era bom que os nossos autarcas (PS, PSD, CDU) não deixassem este assunto cair no esquecimento, para depois não ser tarde demais... Toca a acordar!!!!... que nós não queremos postes de alta tensão nas nossas terras nem cabos a atravessar o concelho de norte a sul e de este a oeste...


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ALTA TENSÃO

Impacte Ambiental das Linhas de Alta Tensão no Concelho de S. Brás de Alportel

No âmbito do projecto Jovens Repórteres do Ambiente , um grupo de estudantes dirigiu-se à Fonte Férrea com a finalidade de analisar e estudar a actual situação deste cenário natural, um dos mais ricos e complexos do nosso concelho.

Mais precisamente, o grupo dirigiu-se para apurar os eventuais efeitos e consequências que nos poderá trazer a aplicação de uma medida politica-energética. Esta passa por colocar, ao longo da nossa serra, demarcando, inclusive, a Fonte Férrea, um extenso segmento de postes de alta tensão (que chegam a atingir 150 KV)

O problema desta medida é bastante evidente, destacando-se os efeitos provocados pelo electro-magnetismo, campo energético de alta tensão, que é extremamente maléfico para o meio ambiente e seus habitantes. Para além de mais, o electro-magnetismo e os restantes efeitos destas "forças energéticas" estão na origem de um grande número de patologias, entre as quais problemas cardíacos, psíquicos e até mesmo alguns casos de cancro, como a leucemia, sendo então responsáveis, anualmente, por um número significativo de mortes.

Assim, clarifica-se o seguinte: este tipo de energia jamais poderá estar em contacto directo com os seres vivos, pois revela-se perigoso e com um sem numero de efeitos maléficos que, sem quaisquer dúvidas, colocam em causa a integridade física e psíquica daqueles que, mesmo inocentemente, estão em contacto com ela.

Não poderíamos deixar de falar nas alternativas estruturais da energia de alta tensão, ou seja, onde e quais são as outras vertentes para a utilização desta energia que, contudo, é-nos indispensável? As alternativas são escassas, mas, no entanto, elas existem: Uma delas seria, tal como fazem alguns países, passar os cabos e segmentos por debaixo da terra, tendo estes que ser devidamente isolados; outra das alternativas seria recorrer a energias renováveis, como a energia solar, eólica ou hídricas.

Porém, estas alternativas exigem um elevado esforço económico, algo que o nosso país e a sua situação deficitária não permitem.

Enfim, é mais um problema que as associações ecológicas terão que enfrentar, ou melhor, continuarão a enfrentar. Esperemos que o seu esforço seja reconhecido e que, efectivamente, este inimigo se afaste de nós.

Os jovens e aventureiros repórteres da Escola Secundária José Belchior Viegas



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04 março 2006

A OPINIÃO DOS LEITORES

Acha que o casamento de Teresa e Lena devia ter sido autorizado?

"Autorizado? Oh amigo, então se eu até acho que o meu casamento não devia ter sido autorizado como é que agora vou achar uma coisa dessas, não me diz?
E veja vossemecê que eu, aqui como me vê, com esta idade, ainda sou um bocadinho lésbico, não está compreendendo? Puxa-me para ali, toda a vida foi assim. Quando era novo então..."


Valentim Velez, 73 anos
S. Brás de Alportel

In: Contra-Indicado

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Aí valente... nós aqui também somos todos lésbicos!... deve ser do ar da serra.

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03 março 2006

Quatro Sambrasenses na Gala dos Campeões

É verdade! Quatro Sambrasenses presentes na Gala dos Campeões, no Casino do Estoril, no passado dia 14 de Janeiro. A Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting homenageou mais uma vez os campeões de 2005 e chamou-os ao Casino do Estoril para lhes prestar a justa homenagem.


É difícil neste País encontrar um concelho tão pequeno que consiga levar 4 campeões ao podium do automobilismo nacional e S. Brás de Alportel consegue-o mais uma vez , levando ao palco dos campeões nada menos que André Lourenço (14 anos) Campeão Regional Sul Karting Junior, e 2º Campeonato Nacional do Troféu Futuro e Diogo Gago (14 anos) 2º classificado no Campeonato Regional Sul Karting Junior e 4º Classificado no Campeonato do Troféu Futuro, e mais dois consagrados : Inês Ponte Primaz (e vão cinco anos seguidos!!!- a melhor navegadora nacional (senhoras ) e simultaneamente a melhor navegadora regional sul e seu pai Luís Ponte, melhor navegador de Ralis Clássicos H 74-5-. Enfim, uma homenagem justa, merecida e dotada do mediatismo que o automobilismo merece.

Pena é que a nível nacional se saiba reconhecer o mérito a quem o tem, mas a nível regional e concelhio são absolutamente esquecidos e ignorados- até quando ? (...Luis Ponte!?... peraí, esse senhor foi candidato à presidencia da câmara, contra antónio eusébio, não foi?!... atão agora quer reconhecimento?... é já a seguir!... ou talvez quando for campeão do mundo...)

Falando de projectos para 2006, os jovens André Lourenço e Diogo Gago irão disputar os trofeus inerentes aos Campeonatos Nacionais respectivos, se bem que por ora ainda procurem apoios e patrocínios que os levem a uma participação encarada com mais vontade de triunfar não só em Portugal como também na vizinha Espanha.

Quanto a Inês Ponte Primaz , sabemos que em 2006 irá FINALMENTE fazer parte de uma equipa de fábrica que oportunamente fará a sua apresentação oficial também a nível nacional e possivelmente encarando a forte hipótese de participações noutros campeonatos além fronteiras.

Luís Ponte continuará a navegar o seu piloto António Correia no “eterno” Opel 1904 SR – 200 HP (Clássicos) indo ainda participar extra aquele campeonato, no Nacional de Rallis – no Rally de Portugal, Rally da Madeira e Rally Açores, navegando com outro piloto que por ora não é conveniente divulgar.

Noticias SBraz - Fev 06

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02 março 2006

Lagar do Azeite

Lagar do Azeite.
MicroClima, edição fev. 06

Um lugar, um moinho, uma adega ou uma azenha não são lugares quaisquer. São engenhos que o homem idealizou e pôs a funcionar para transformar as dádivas da Natureza em criações suas para o seu prazer e bom-viver, tanto “do corpo como da alma”, embora também tenham servido para que o poder e a riqueza de uns crescessem à custa da servidão e da pobreza de outros.

Só para ilustrar a sabedoria que faz girar estas oficinas ancestrais e o útil que elas podem ser, resume-se de seguida uma lenda grega, relativa à vida de Tales de Mileto (sec.VII a.c.), por muitos considerado o “primeiro filosofo”:

Conta esta lenda que Tales, nas suas observações astronómicas, caiu num buraco quando caminhava a olhar para o céu. Todos se riram do episódio e aconselharam Tales a ter mais em conta os assuntos terrenos e que deixasse os astros que só lhe poderiam trazer aborrecimentos. Então o filósofo preparou a sua fria vingança, dando ao mesmo tempo uma lição aos seus conterrâneos sobre a importância do saber e a relação que tudo tem com tudo.

Assim, prevendo através das suas investigações e cálculos uma excepcional colheita de azeitonas - numa época em que uma crise continuada fizera já fechar inúmeros lagares – Tales arrendou todos os lagares das redondezas. Mais uma vez se riram os outros da pouca sensatez do sábio mas, nesse ano, as oliveiras apareceram carregadas e só Tales não foi surpreendido… porque quando cansados e satisfeitos com tantas colheitas so agricultores quiseram espremer as suas azeitonas, tiveram que se sujeitar ao monopólio e ao preço de Tales que, ao que consta, enriqueceu e concluiu: “Ás vezes compreender o céu, pode trazer benefícios na terra”.

Esta historia-parêntesis foi só para chamar a atenção para o Lagar do Féria.

Para muitos, e uma vez que cessou a actividade que lhe deu razão de ser, o Lagar deveria ser destruído para dar lugar, por exemplo, a um mercado.

Soubemos que em 1998 decorreram negociações para a venda do Lagar à Câmara Municipal, havendo na altura alguma preocupação quanto ao destino do edifício e do seu espólio, havendo inclusive a intenção de doar portas, portões e todo o recheio à Casa da Cultura/Museu Etnográfico.

Em 1999 a Casa da Cultura manifestou junto da Câmara a sua preocupação e propôs a preservação daquele edifício e a sua cedência ao Museu em condições a definir.

Entretanto o assunto esteve parado e, em Abril de 2004, o “Noticias de S.Braz” publicava com fotografia um artigo assinado pelo senhor José Mora Féria - A (triste) História do Lagar do Féria” – em que, depois de um longo resumo acerca das peripécias acerca da demolição/preservação do Lagar, o antigo proprietário concluía: “Hoje passados alguns anos, servindo de abrigo a vadios e repetidamente saqueado, o Lagar do Féria aguarda destino. A Câmara Municipal e o Museu/Casa da Cultura deverão assumir as suas responsabilidades”.

Sabemos que hoje as intenções políticas são outras e por isso fomos ao encontro do Vereador da Cultura, que nos revelou alguns pormenores acerca da futura Casa das Artes a que se destina o Lagar do Féria. Está previsto um investimentos de cerca de 500 mil euros a inscrever no orçamento da Câmara em 2007 e durante este ano deverá estar concluído e aprovado o projecto.

Vai ser instalado um Museu do Azeite, aproveitando-se as estruturas e os equipamentos existentes para uma exposição permanente sobre “O Ciclo do Azeite”. Salas para formação artística, um pequeno anfiteatro, bar e gabinetes de apoio também fazem parte do projecto, bem como o arranjo da zona exterior que envolve os eucaliptos presentes no local e que pertencem a uma espécie pouco comum.

Enquanto isso, com ou sem azeite, nós vamos num Teatro... à Brás.

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... Mas quem raio se haveria de lembrar agora disto!...
O Lagar do Féria, isso já era coisa que estava esquecida!...
Foi só noticia de jornal para a malta ler... no fim:
Falam, falam, falam, mas a gente não os vê fazer nada...
depois a gente aborrecese, não é!

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01 março 2006

Sete falhas sísmicas activas no Algarve

Falha de Loulé é uma das mais importantes.

Vilas do Bispo, Aljezur, Portimão, Albufeira, Quarteira, Vale de Lobo, Almancil, Loulé e São Brás de Alportel são algumas das localidades atravessadas por falhas sísmicas activas.

O diagnóstico consta da carta de risco sísmico elaborado no âmbito dos estudos do PROTAL – Plano de Ordenamento do Território, que identifica três níveis de falhas: as activas, as provavelmente activas e as secundárias.

Consideram-se falhas activas as que possuem evidências de deslocamentos suficientemente recentes para que seja expectável a ocorrência de novos incidentes, num futuro relativamente próximo, que tenham impacto na comunidade.

Já as falhas prováveis, ou potencialmente activas, são as que mostram evidências de deslocamento relativamente recente, mas para as quais não é possível aplicar, objectivamente, critérios de actividade.

Em estudos de perigosidade avalia-se a capacidade dessas falhas para gerarem movimentos do solo, designados vibrações sísmicas fortes, ou seja, sismos de magnitude elevada, superior a 6 na Escala de Richter.

Vila do Bispo e Aljezur estão ambas sobre a mesma falha activa, estando ainda referenciada uma falha activa provável próximo de Odeceixe e diversas falhas secundárias na zona da costa vicentina.

Junto a Lagos regista-se uma falha provável, enquanto em Portimão estão assinaladas duas falhas activas, da qual deriva uma outra, provável, que se estende até Monchique.

As zonas de Silves e Lagoa apresentam registos de falhas secundárias.

Em Albufeira, as duas falhas activas existentes correm respectivamente para Norte e Oeste, atravessando, por isso, a cidade e a zona da marina.

Em Quarteira, a falha inicia-se no litoral e prolonga-se pelo barrocal, até São Bartolomeu de Messines, só passando a falha activa provável já na serra do Caldeirão.

A falha activa de Loulé estende-se até o litoral, entre Quarteira e Vale de Lobo, e para Oeste. No sentido Leste está classificada como activa provável.Esta é, aliás, uma área sismogenética importante, associada aos sismos de 1719, 1722, 1856, 1896, 1962 e 1972.

Esta zona apresenta a maior concentração de falhas sísmicas secundárias que abrangem todo o concelho louletano e ainda São Brás de Alportel, que também apresenta uma falha activa a prolongar-se para Norte na Serra do Caldeirão.

Já Tavira e Faro são cidades sob as quais está detectada uma falha activa provável, enquanto no Nordeste algarvio, as ocorrências tectónicas são todas secundárias, embora numerosas.

Construção não cumpre regras

A partir de década de 90 estudos levados a cabo sobre fenómenos sísmicos permitiram constatar que as falhas geológicas podem interagir entre si, mesmo a distâncias consideráveis, da ordem da centena de quilómetros, e como tal, a ocorrência de um sismo numa falha não depende apenas da evolução da mesma, mas igualmente das envolventes.

Desta forma, um sismo, ainda que a uma distância considerável, pode induzir a ruptura de uma outra falha geológica, com um atraso que pode ir de alguns minutos a algumas décadas.

Na área atlântica adjacente, o Algarve está associadoao fim da zona de fractura Açores-Gibraltar.Por outro lado, a sudoeste do território português existe uma fonte de sismos muito importante, no Banco de Gorringe, situado a 200 km a sudoeste do Cabo de S. Vicente.

Esta estrutura submarina está relacionada com a fronteira entre as placas Africana e Euroasiática, onde provavelmente tiveram origem grandes sismos históricos, seguidos de "tsunamis", que se repercutiram catastroficamente no território.

São exemplo os sismos de 309, 1356, e de 1761 e mais recentemente, a 28 de Fevereiro de 1969. Esta é uma região de grande actividade e onde se ocorrem sismos permanentemente.

Em Portugal registam-se cerca de 360 sismos por ano, de magnitude fraca a média - inferiores a 5.0 - e, esporadicamente, um sismo de magnitude moderada a forte, superior a 6.0.

A actividade tectónica concentra-se, sobretudo, na região do Algarve e zona marítima adjacente, bem como Lisboa e Vale do Tejo.

Em geral não são os terramotos que matam, mas sim os edifícios e outras estruturas construídas. No entanto, a engenharia sísmica já desenvolveu técnicas avançadas de construção sismo-resistente.

Contudo, a implementação destas técnicas torna a construção mais cara e por isso os promotores imobiliários tendem a subestimar a importância da resistência anti-sísmica, e embora haja legislação sobre a matéria, os especialistas reconhecem não existir uma fiscalização eficaz, para avaliar o seu cumprimento.

Por outro lado infra-estruturas críticas como escolas e hospitais poderiam ser sujeitas a obras de reforço estrutural (retrofitting) nas regiões mais sensíveis, como é o caso do Algarve, o que também não se verifica.


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