Portugal é actualmente um país de baixa fecundidade, registando valores inferiores ao nível necessário para assegurar a substituição das gerações. Os valores decresceram de 3,2 em 1960 para os actuais 1,4 crianças por mulher, quando o recomendado é de 2,1 por cada mulher.
A nível regional, o Algarve contraria esta tendência decrescente e é mesmo a região do país onde ocorreu um maior aumento de nascimentos nos últimos cinco anos (21,1 por cento), seguida, de longe, por Lisboa (8,2 por cento), Madeira (3,3 por cento) e Alentejo (1,0 por cento). Todas as outras regiões do país registaram uma diminuição de nascimentos no mesmo período de tempo, destacando-se as quebras mais acentuadas nos Açores e no Norte, com valores negativos de 9,9 e 8,2 por cento, respectivamente.
Desta forma, se no âmbito nacional nascem cada vez menos crianças, as estatísticas do INE provam que a taxa de fecundidade no Algarve está a recuperar, apresentando valores de 2,1 filhos por mulher (o índice sintético desejado para manter-se a substituição de gerações). Refira-se que, em termos nacionais, esse valor não é alcançado desde 1982.
Albufeira e Alcoutim em extremos opostos Dentro da região, também existem grandes disparidades entre os 16 concelhos. Analisando os dados demográficos, verifica-se que o município de Albufeira apresenta o maior acréscimo da taxa de fecundidade de Portugal, com 2,4 filhos por mulher. Na última década, apenas Albufeira (5,4 por cento), Lagoa (1,0), Portimão (0,7) e Faro (0,1) têm mantido o saldo natural (diferença entre nascimentos e óbitos) positivo no Algarve. Por outro lado, os concelhos de Alcoutim (-14,3 por cento), Monchique (-11,1), Aljezur (-9,2), Castro Marim (-7,7) e São Brás de Alportel (-6,8) apresentam o maior decréscimo do saldo natural.
Isto significa que, à semelhança do que se verifica no resto do país, estes municípios vão continuar a ter menos crianças e mais velhos, tendo, por isso, uma população cada vez mais envelhecida.
In "Jornal do Algarve"
ULTIMA HORA:
Segundo apuramos, a autarquia reuniu em segredo (no Ervilha) para discutir a possibilidade de vir a subsidiar os jovens casais que decidam ter filhos, 200 €uros por criança, 500 se forem gêmeos.
A Junta de Freguesia também estuda essa possibilidade.
27 outubro 2005
Para Recordar - Foi há 2 anos
António Eusébio faz o balanço do segundo ano à frente da Autarquia São-Brasense...
Jornal do Algarve - S. Brás de Alportel é uma das câmaras, se não a câmara algarvia, que neste PIDDAC (plano de investimentos do Estado) é mais beneficiada, o que se deve em grande parte à construção do novo Centro de Reabilitação Física do Sul. Não tem razões de queixa...? António Eusébio – No PIDDAC para 2004 esta obra representa um investimento de 4 milhões de euros, que serão utilizados, por um lado, para a finalização da obra civil e, por outro, para começar a instalar os equipamentos. Para já, prevê-se que a obra civil acabe durante o segundo trimestre de 2004. Quanto ao equipamento, não sei qual é o prazo de execução, até porque a gestão da obra está a cargo da Administração Regional de Saúde. Prevê-se que a obra esteja totalmente concluída em 2005.
J.A. - Foi necessário fazer algum tipo de "lobbying" junto do actual Governo para que esta obra estivesse tão consolidada em termos de PIDDAC? A.E. - Estou convencido que o "lobby" para a concretização desta obra foi feito antes deste Governo e este executivo não pôde, de forma alguma, pará-la. Contudo, o actual Governo também agarrou este projecto e ao fazê-lo acabou por consolidá-la em termos financeiros, em relação ao que estava previsto no projecto inicial. O que nos dá grande satisfação, pois esta é a maior obra de saúde do último século em S. Brás de Alportel.
J.A. - O novo centro vai ser uma espécie de Centro de Reabilitação de Alcoitão em versão. Algarve? A.E. - Segundo a informação que temos, será do género de Alcoitão para reabilitação física.
J.A. - Considera que o concelho passa a ter, por via desta obra, uma vocação regional, uma vez que vão aqui afluir uma série de pessoas com necessidades especiais de todo o Algarve? A.E. - Esta é a segunda obra estruturante em S. Brás de Alportel. A primeira foi o parque de manobras, que traz cá todas as pessoas que vão fazer os exames teóricos de condução. Sem dúvida que será muito positiva do ponto de vista do desenvolvimento económico, pois dará emprego a mais de uma centena de pessoas e dará também outra vida à restauração, ao sector comercial e até imobiliário. Eu sempre disse que esta não era apenas uma obra de fisiatria. Esta nova infra-estrutura engrandece o próprio concelho e trará muitos benefícios.
J.A. - S. Brás de Alportel ainda se enquadra naquele interior algarvio que está a de-sertificar-se ou é um concelho que está em crescimento? A.E. - Segundo os últimos censos, foi o segundo concelho que mais cresceu, a seguir a Albufeira, com um aumento populacional de cerca de 33 por cento. Isso quer dizer que S. Brás é muito procurado pelos casais mais jovens para a sua primeira habitação, num concelho que lhes proporciona segurança e qualidade de vida. E há um segundo estrato da população que procura essencialmente a qualidade de vida e a calma do barrocal algarvio, que já não encontra no litoral. Neste momento, o nosso grande problema foca-se no ensino pré-escolar e o primeiro ciclo, pois os casais mais jovens vão rapidamente ter filhos.
J.A. – Mas o concelho está a tornar-se no dormitório de Faro, pelo facto da habitação aqui ser extremamente barata... A.E. - Não, isso é um engano. Pode ser mais barata, mas já não existe uma grande diferença comparativamente a Faro. Dormitório também não é, porque S. Brás tem movimento a qualquer hora do dia, o que significa que tem vida própria. Estamos bastante confiantes, apresentámos ao nível do plano de ordenamento do território projectos que consideramos que vêm potenciar o desenvolvimento de S. Brás. S. Brás está progressivamente a começar a fazer parte do triângulo Faro/Loulé/Olhão, que se está a transformar num quadrilátero.
J.A. - Sendo um concelho cada vez menos exterior a esse centro do Algarve, qual é a relação de S. Brás com a nova realidade do Parque das Cidades, tida como uma estrutura que representa essa centralidade? A.E. - Dada a proximidade do Parque das Cidades, podemos vir a tirar alguns benefícios. A vila certamente poderá vir a usufruir dessa mais-valia. Em termos de utilização, temos duas equipas séniores na distrital, espero bem que não seja S. Brás a utilizar o estádio. (risos) Mal irá o Algarve quando nos convidarem para fazer jogos de futebol naquele estádio.
J.A. - O facto da via rápida que devia ser feita entre Faro e a Via do Infante não estar a ser construída, nem sequer estar contemplada em PIDDAC, representa um óbice às acessibilidades a S. Brás? A.E. - Sim, e devo dizer que a ligação S.Brás/Via do Infante/Faro é das obras mais importantes para S. Brás ao nível das vias de comunicação. Falta-nos a ligação à Via do Infante e mesmo a ligação da Via do Infante a Faro. Hoje em dia, há centenas de são-brasenses que se deslocam diariamente para Faro e formam filas de mais de um quilómetro junto ao Coiro da Burra. Temos feito pressão junto do Instituto de Estradas para resolver o problema e já solicitámos uma reunião ao ministro das Obras Públicas para chamar a atenção para a importância dessa nova estrada. A resposta que nos foi dada é que vai ser adjudicado o projecto de execução, portanto talvez lá para 2008 ou 2009 a ligação possa ser assegurada.
J.A. - Se grande parte da população activa de S. Brás trabalha efectivamente em Faro, a restante fatia, que fica na vila, dedica-se a que tipo de trabalho? Comércio, Indústria, Agricultura? A.E. - Só ao nível da cortiça é que a agricultura continua a ser desenvolvida, porque de resto a exploração de frutos secos, como a alfarroba, o figo e mesmo as azeitonas acabou por se revelar não economicamente viável. Temos cerca de uma dezena de fábricas de cortiça no concelho, a produzir o mesmo que se produzia no início do século, mas através de novas tecnologias e com novos equipamento de transformação consegue-se ter uma rentabilidade muito grande actualmente. É um dos sectores que mais emprego dá aqui no concelho, trabalham no sector cerca de duas centenas de pessoas.
J.A. - Explique-nos no que consiste a iniciativa da Rota da Cortiça. A.E. - O turismo não é uma actividade que se resume a visitar museus, a igreja matriz ou a Calçadinha de S. Brás. O turismo tem de ser visto num contexto global, além de termos de nos preocupar com a imagem que os turistas têm, melhorando toda a renovação urbana, temos de apostar também em novos produtos. A rota da cortiça é um produto que permite ao visitante saber de onde se extrai a melhor cortiça do mundo, levando-o ao local e permitindo que saboreie a gastronomia local. Por outro lado, permite que o visitante visualize o corte das aparas, a execução das rolhas, a execução das tapadeiras, que se fazem com alta tecnologia nas nossas fábricas da cortiça.
J.A. - A cortiça de S. Brás é mesmo a melhor do mundo? A.E. - Se Portugal tem a melhor cortiça do mundo e está provado que sim, e se é a Serra do Caldeirão que tem a melhor cortiça de Portugal, então esta é, sem dúvida, a melhor do mundo.
J.A. - A indústria da cortiça está então longe de ser uma indústria moribunda? A.E. - Em S. Brás essa hipótese cada vez estará mais longe.
J.A. - Mas há muitas fábricas que fecharam? A.E. - Houve, no início do século XX tínhamos cerca de duas centenas de fábricas. Só que eram fábricas familiares, em que só trabalhavam, por exemplo, o pai e o filho. Hoje em dia temos uma dezena, mas com muitos trabalhadores, daí a produção ser a mesma que há um século.
J.A. - No que respeita concretamente ao turismo, S. Brás e cada vez mais procurado por pessoas que estão cansadas de ir todos os dias para a praia? A.E. - S. Brás está a começar a mostrar o que tem de bom para o exterior e a rota da cortiça vai ser uma mais-valia nesse sentido. O nosso património, a Calçadinha de S. Brás, os percursos pedonais que temos ladeados de valados antigos, a luminosidade única que o barrocal tem, diferente de todo o país. A paisagem, a gastronomia são áreas em que devemos apostar e divulgar, para que o turista venha cá e não fique apenas uma manhã ou uma tarde. Queremos que passe cá vários dias, que goste de ficar e que traga novos amigos.
J.A. - E neste momento, esses turistas já existem? A.E. - Sim, já começamos a ver turistas a passear acompanhados por guias, na Calçadinha, na igreja matriz, na própria serra e em alguns restaurantes. Eles vêm usufruir do silêncio que a serra lhes transmite, de uma natureza que não se encontra junto ao litoral. Embora este seja um turista diferente, não é o turista de sol e praia que veio procurar o interior. É um turista de outro estrato social, com outras perspectivas.
J.A. – Sei que tem havido problemas em S. Brás em relação aos correios. Têm razões de queixa graves? A.E. - Temos, tenho um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas a reclamar a acção dos correios, principalmente pelo atraso na entrega de correspondência e devolução de cartas. Já tive uma reunião com os Correios e o que me parece que está a acontecer é que os contratos que os CTT têm com os trabalhadores são contratos a termo, em que as pessoas trabalham alguns meses e depois mudam de serviço. Temos muitos novos carteiros que não conhecem as moradas, principalmente no campo, porque as caixas não estão numeradas e só com o nome da pessoa é que se chegava lá. O certo é que mitos reformados deixaram de receber a suas pensões nestes dois últimos meses, o que é muito complicado, pois a maior parte vive das pequenas reformas que tem. A câmara está aberta a colaborar com os Correios numa tentativa de sensibilizar a população para que escreva a sua direcção o mais correcto possível, mas fora isso não podemos adiantar muito mais porque não é competência da Câmara.
J.A. - Quando é que S. Brás de Alportel terá condições para se tornar uma cidade? A.E. - Não temos grande ambição em ser cidade, preferimos ser uma vila com qualidade de vida do que uma cidade, com todos os problemas que as cidades têm. Preferimos ter um crescimento contido, um ordenamento correcto e em que os problemas se vão resolvendo diariamente.
J.A. - Habitualmente não aparece muito. É um silêncio gerido ou faz parte da sua natureza? A.E. - Temos conseguido aparecer muito, até porque eu criei um Gabinete de Informação e Documentação com o objectivo de divulgar as nossas actividades. Se pudermos comparar a visibilidade que S. Brás tem hoje com a visibilidade de há dois anos, se calhar tem dez vezes mais. Todos os dias saem notas de Imprensa e informações para os munícipes.
J.A. - Tem outras ambições políticas além de ser o presidente da câmara de S. Brás e cumprir o seu mandato até 2005? A.E. - Para já, a Câmara é o nosso objectivo e continuará a ser por mais um mandato, se tudo correr como nós estamos a pensar. Depois logo se vê.
J.A. – Tem ambições políticas? Gostaria de ser deputado da nação? A.E. - Ser presidente de câmara é muito mais interessante que ser deputado. Estamos muito mais próximo das populações, ouvimo-las directamente, conseguimos resolver problemas reais que sentimos e isso em minha opinião dá-nos muito mais motivação do que ir para Lisboa. Ser presidente de câmara é um grande desafio. Mas cansa! Mais que dois mandatos também é muito cansativo.
J.A. - Já está cansado?! A.E. - Com certeza que não. Em dois anos dá para colocar a engrenagem em velocidade de cruzeiro e, daqui para a frente, a uma velocidade que é tanta que não sentimos o tempo passar. Um mandato acaba por ser pouco, não conseguimos num mandato mostrar obra. Daí eu dizer que no segundo mandato estaremos cá para concretizar esses projectos.
In "Jornal do Algarve"
Jornal do Algarve - S. Brás de Alportel é uma das câmaras, se não a câmara algarvia, que neste PIDDAC (plano de investimentos do Estado) é mais beneficiada, o que se deve em grande parte à construção do novo Centro de Reabilitação Física do Sul. Não tem razões de queixa...? António Eusébio – No PIDDAC para 2004 esta obra representa um investimento de 4 milhões de euros, que serão utilizados, por um lado, para a finalização da obra civil e, por outro, para começar a instalar os equipamentos. Para já, prevê-se que a obra civil acabe durante o segundo trimestre de 2004. Quanto ao equipamento, não sei qual é o prazo de execução, até porque a gestão da obra está a cargo da Administração Regional de Saúde. Prevê-se que a obra esteja totalmente concluída em 2005.
J.A. - Foi necessário fazer algum tipo de "lobbying" junto do actual Governo para que esta obra estivesse tão consolidada em termos de PIDDAC? A.E. - Estou convencido que o "lobby" para a concretização desta obra foi feito antes deste Governo e este executivo não pôde, de forma alguma, pará-la. Contudo, o actual Governo também agarrou este projecto e ao fazê-lo acabou por consolidá-la em termos financeiros, em relação ao que estava previsto no projecto inicial. O que nos dá grande satisfação, pois esta é a maior obra de saúde do último século em S. Brás de Alportel.
J.A. - O novo centro vai ser uma espécie de Centro de Reabilitação de Alcoitão em versão. Algarve? A.E. - Segundo a informação que temos, será do género de Alcoitão para reabilitação física.
J.A. - Considera que o concelho passa a ter, por via desta obra, uma vocação regional, uma vez que vão aqui afluir uma série de pessoas com necessidades especiais de todo o Algarve? A.E. - Esta é a segunda obra estruturante em S. Brás de Alportel. A primeira foi o parque de manobras, que traz cá todas as pessoas que vão fazer os exames teóricos de condução. Sem dúvida que será muito positiva do ponto de vista do desenvolvimento económico, pois dará emprego a mais de uma centena de pessoas e dará também outra vida à restauração, ao sector comercial e até imobiliário. Eu sempre disse que esta não era apenas uma obra de fisiatria. Esta nova infra-estrutura engrandece o próprio concelho e trará muitos benefícios.
J.A. - S. Brás de Alportel ainda se enquadra naquele interior algarvio que está a de-sertificar-se ou é um concelho que está em crescimento? A.E. - Segundo os últimos censos, foi o segundo concelho que mais cresceu, a seguir a Albufeira, com um aumento populacional de cerca de 33 por cento. Isso quer dizer que S. Brás é muito procurado pelos casais mais jovens para a sua primeira habitação, num concelho que lhes proporciona segurança e qualidade de vida. E há um segundo estrato da população que procura essencialmente a qualidade de vida e a calma do barrocal algarvio, que já não encontra no litoral. Neste momento, o nosso grande problema foca-se no ensino pré-escolar e o primeiro ciclo, pois os casais mais jovens vão rapidamente ter filhos.
J.A. – Mas o concelho está a tornar-se no dormitório de Faro, pelo facto da habitação aqui ser extremamente barata... A.E. - Não, isso é um engano. Pode ser mais barata, mas já não existe uma grande diferença comparativamente a Faro. Dormitório também não é, porque S. Brás tem movimento a qualquer hora do dia, o que significa que tem vida própria. Estamos bastante confiantes, apresentámos ao nível do plano de ordenamento do território projectos que consideramos que vêm potenciar o desenvolvimento de S. Brás. S. Brás está progressivamente a começar a fazer parte do triângulo Faro/Loulé/Olhão, que se está a transformar num quadrilátero.
J.A. - Sendo um concelho cada vez menos exterior a esse centro do Algarve, qual é a relação de S. Brás com a nova realidade do Parque das Cidades, tida como uma estrutura que representa essa centralidade? A.E. - Dada a proximidade do Parque das Cidades, podemos vir a tirar alguns benefícios. A vila certamente poderá vir a usufruir dessa mais-valia. Em termos de utilização, temos duas equipas séniores na distrital, espero bem que não seja S. Brás a utilizar o estádio. (risos) Mal irá o Algarve quando nos convidarem para fazer jogos de futebol naquele estádio.
J.A. - O facto da via rápida que devia ser feita entre Faro e a Via do Infante não estar a ser construída, nem sequer estar contemplada em PIDDAC, representa um óbice às acessibilidades a S. Brás? A.E. - Sim, e devo dizer que a ligação S.Brás/Via do Infante/Faro é das obras mais importantes para S. Brás ao nível das vias de comunicação. Falta-nos a ligação à Via do Infante e mesmo a ligação da Via do Infante a Faro. Hoje em dia, há centenas de são-brasenses que se deslocam diariamente para Faro e formam filas de mais de um quilómetro junto ao Coiro da Burra. Temos feito pressão junto do Instituto de Estradas para resolver o problema e já solicitámos uma reunião ao ministro das Obras Públicas para chamar a atenção para a importância dessa nova estrada. A resposta que nos foi dada é que vai ser adjudicado o projecto de execução, portanto talvez lá para 2008 ou 2009 a ligação possa ser assegurada.
J.A. - Se grande parte da população activa de S. Brás trabalha efectivamente em Faro, a restante fatia, que fica na vila, dedica-se a que tipo de trabalho? Comércio, Indústria, Agricultura? A.E. - Só ao nível da cortiça é que a agricultura continua a ser desenvolvida, porque de resto a exploração de frutos secos, como a alfarroba, o figo e mesmo as azeitonas acabou por se revelar não economicamente viável. Temos cerca de uma dezena de fábricas de cortiça no concelho, a produzir o mesmo que se produzia no início do século, mas através de novas tecnologias e com novos equipamento de transformação consegue-se ter uma rentabilidade muito grande actualmente. É um dos sectores que mais emprego dá aqui no concelho, trabalham no sector cerca de duas centenas de pessoas.
J.A. - Explique-nos no que consiste a iniciativa da Rota da Cortiça. A.E. - O turismo não é uma actividade que se resume a visitar museus, a igreja matriz ou a Calçadinha de S. Brás. O turismo tem de ser visto num contexto global, além de termos de nos preocupar com a imagem que os turistas têm, melhorando toda a renovação urbana, temos de apostar também em novos produtos. A rota da cortiça é um produto que permite ao visitante saber de onde se extrai a melhor cortiça do mundo, levando-o ao local e permitindo que saboreie a gastronomia local. Por outro lado, permite que o visitante visualize o corte das aparas, a execução das rolhas, a execução das tapadeiras, que se fazem com alta tecnologia nas nossas fábricas da cortiça.
J.A. - A cortiça de S. Brás é mesmo a melhor do mundo? A.E. - Se Portugal tem a melhor cortiça do mundo e está provado que sim, e se é a Serra do Caldeirão que tem a melhor cortiça de Portugal, então esta é, sem dúvida, a melhor do mundo.
J.A. - A indústria da cortiça está então longe de ser uma indústria moribunda? A.E. - Em S. Brás essa hipótese cada vez estará mais longe.
J.A. - Mas há muitas fábricas que fecharam? A.E. - Houve, no início do século XX tínhamos cerca de duas centenas de fábricas. Só que eram fábricas familiares, em que só trabalhavam, por exemplo, o pai e o filho. Hoje em dia temos uma dezena, mas com muitos trabalhadores, daí a produção ser a mesma que há um século.
J.A. - No que respeita concretamente ao turismo, S. Brás e cada vez mais procurado por pessoas que estão cansadas de ir todos os dias para a praia? A.E. - S. Brás está a começar a mostrar o que tem de bom para o exterior e a rota da cortiça vai ser uma mais-valia nesse sentido. O nosso património, a Calçadinha de S. Brás, os percursos pedonais que temos ladeados de valados antigos, a luminosidade única que o barrocal tem, diferente de todo o país. A paisagem, a gastronomia são áreas em que devemos apostar e divulgar, para que o turista venha cá e não fique apenas uma manhã ou uma tarde. Queremos que passe cá vários dias, que goste de ficar e que traga novos amigos.
J.A. - E neste momento, esses turistas já existem? A.E. - Sim, já começamos a ver turistas a passear acompanhados por guias, na Calçadinha, na igreja matriz, na própria serra e em alguns restaurantes. Eles vêm usufruir do silêncio que a serra lhes transmite, de uma natureza que não se encontra junto ao litoral. Embora este seja um turista diferente, não é o turista de sol e praia que veio procurar o interior. É um turista de outro estrato social, com outras perspectivas.
J.A. – Sei que tem havido problemas em S. Brás em relação aos correios. Têm razões de queixa graves? A.E. - Temos, tenho um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas a reclamar a acção dos correios, principalmente pelo atraso na entrega de correspondência e devolução de cartas. Já tive uma reunião com os Correios e o que me parece que está a acontecer é que os contratos que os CTT têm com os trabalhadores são contratos a termo, em que as pessoas trabalham alguns meses e depois mudam de serviço. Temos muitos novos carteiros que não conhecem as moradas, principalmente no campo, porque as caixas não estão numeradas e só com o nome da pessoa é que se chegava lá. O certo é que mitos reformados deixaram de receber a suas pensões nestes dois últimos meses, o que é muito complicado, pois a maior parte vive das pequenas reformas que tem. A câmara está aberta a colaborar com os Correios numa tentativa de sensibilizar a população para que escreva a sua direcção o mais correcto possível, mas fora isso não podemos adiantar muito mais porque não é competência da Câmara.
J.A. - Quando é que S. Brás de Alportel terá condições para se tornar uma cidade? A.E. - Não temos grande ambição em ser cidade, preferimos ser uma vila com qualidade de vida do que uma cidade, com todos os problemas que as cidades têm. Preferimos ter um crescimento contido, um ordenamento correcto e em que os problemas se vão resolvendo diariamente.
J.A. - Habitualmente não aparece muito. É um silêncio gerido ou faz parte da sua natureza? A.E. - Temos conseguido aparecer muito, até porque eu criei um Gabinete de Informação e Documentação com o objectivo de divulgar as nossas actividades. Se pudermos comparar a visibilidade que S. Brás tem hoje com a visibilidade de há dois anos, se calhar tem dez vezes mais. Todos os dias saem notas de Imprensa e informações para os munícipes.
J.A. - Tem outras ambições políticas além de ser o presidente da câmara de S. Brás e cumprir o seu mandato até 2005? A.E. - Para já, a Câmara é o nosso objectivo e continuará a ser por mais um mandato, se tudo correr como nós estamos a pensar. Depois logo se vê.
J.A. – Tem ambições políticas? Gostaria de ser deputado da nação? A.E. - Ser presidente de câmara é muito mais interessante que ser deputado. Estamos muito mais próximo das populações, ouvimo-las directamente, conseguimos resolver problemas reais que sentimos e isso em minha opinião dá-nos muito mais motivação do que ir para Lisboa. Ser presidente de câmara é um grande desafio. Mas cansa! Mais que dois mandatos também é muito cansativo.
J.A. - Já está cansado?! A.E. - Com certeza que não. Em dois anos dá para colocar a engrenagem em velocidade de cruzeiro e, daqui para a frente, a uma velocidade que é tanta que não sentimos o tempo passar. Um mandato acaba por ser pouco, não conseguimos num mandato mostrar obra. Daí eu dizer que no segundo mandato estaremos cá para concretizar esses projectos.
In "Jornal do Algarve"
25 outubro 2005
Idosos são-brasenses de visita ao Oceanário
Programa Seniores em Movimento O mês de Novembro vai ser dedicado às viagens. O Programa Seniores em Movimento preparou para os idosos do concelho de Loulé e São Brás de Alportel um vasto programas de visitas, a começar já no início do próximo mês com a passagem pelo Oceanário de Lisboa. No final de Novembro os idosos irão passear pelo Alto Alentejo, nomeadamente por Évora. Da responsabilidade de Lisa Soeiro, este programa de apoio à terceira idade envolve já cerca de 400 idosos de 18 classes distribuídas pelas freguesias de Loulé e de São Brás de Alportel. Apostando nas actividades para os mais idoso, o programa desenvolve todos os meses actividades recreativas, sociais e culturais, para além de terem as aulas de exercício físico duas vezes por semana e uma ida à piscina uma vez por mês. O programa conta com o apoio das câmaras municipais de Loulé e de São Brás de Alportel, das juntas de freguesia de São Sebastião, São Clemente, Quarteira, Salir, Tôr, Almancil, Boliqueime e São Brás de Alportel, bem como da Associação Social e Cultural de Almancil, da Fundação António Aleixo, do Centro Social e Cultural do Parragil, da Sociedade de Vale Judeu e do Centro Comunitário da Tôr, locais onde se desenvolvem as aulas.
"in regiao-sul.pt - 24 de Outubro de 2005 17:03
"in regiao-sul.pt - 24 de Outubro de 2005 17:03
18 outubro 2005
Propostas "col turais" de Outubro em São Brás
O mês de Outubro em São Brás de Alportel é dedicado ao mundo das artes.
Foi inaugurada no passado sábado "A Cama", uma escultura de Alexandra Ferreira que pode ser vista durante este mês no Jardim Municipal Carrera Viegas.
Ainda no campo da escultura há para ver na Galeria da Associação in Loco "O Ressurgir da Pedra e da Madeira", uma exposição onde algarvio Francisco Silva mostra a sua arte de transformar troncos de oliveira, de alfarrobeira e de amendoeira, bem pedras sedimentares em obras de arte. A exposição vai estar patente entre 20 de Outubro a 25 de Novembro.
A pintura é outra das manifestações artísticas que marca forte presença neste mês dedicado às artes no concelho. A Galeria Municipal apresenta desde o dia 3 e até ao final do mês a exposição "Natureza Fantástica", de Paula Rodrigues e Cristina Pereira, duas jovens pintoras que procuram ilustrar um olhar sobre a vida, repleto de intensidade, magia e cor.
A partir de 23 de Outubro, o Antigo Lagar de Azeite vai ser invadido pela arte da pintora Marinela Fazendeiro.
"IV Batida Fotográfica - Serra de Silves" é o nome da exposição fotográfica que vai preencher a Sala Polivalente da Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro durante o mês de Outubro. A simplicidade da beleza natural, a par da fragilidade da serra, perante os fogos e a seca são apenas alguns dos motivos que foram captados pela objectiva fotográfica.
Na Galeria o Museu do Trajo do Algarve encontra-se patente até ao dia 19 de Novembro, a exposição de fotografia de Duarte Belo "Território em Espera II - Algarve - Cortiça em São Brás de Alportel", inserida no evento Faro, Capital Nacional da Cultura 2005, em parceria com a Câmara Municipal de São Brás e a Casa da Cultura António Bentes.
A Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro acolhe ainda durante o mês de Outubro a exposição documental "Voluntariado Jovem para as Florestas - Missão Possível, Verão 2005", uma mostra ilustrativa do projecto de voluntariado jovem, desenvolvido no concelho para a prevenção ao fogos florestais.
"in região-sul.pt" - 18 de Outubro de 2005 09:53
Cá para nós, que ninguém nos ouve, isto é "COL TURA" a mais para mim...
Chamar a um pedaço de pedra, cama!... vai lá, vai...
Já o ANTIGO LAGAR DE AZEITE onde decorria a exposição de Marinela Fazendeiro, acreditamos que tenha sido alvo de assalto pois encontramos severamente vandalizado e da exposição nem sinal... é pena!
Foi inaugurada no passado sábado "A Cama", uma escultura de Alexandra Ferreira que pode ser vista durante este mês no Jardim Municipal Carrera Viegas.
Ainda no campo da escultura há para ver na Galeria da Associação in Loco "O Ressurgir da Pedra e da Madeira", uma exposição onde algarvio Francisco Silva mostra a sua arte de transformar troncos de oliveira, de alfarrobeira e de amendoeira, bem pedras sedimentares em obras de arte. A exposição vai estar patente entre 20 de Outubro a 25 de Novembro.
A pintura é outra das manifestações artísticas que marca forte presença neste mês dedicado às artes no concelho. A Galeria Municipal apresenta desde o dia 3 e até ao final do mês a exposição "Natureza Fantástica", de Paula Rodrigues e Cristina Pereira, duas jovens pintoras que procuram ilustrar um olhar sobre a vida, repleto de intensidade, magia e cor.
A partir de 23 de Outubro, o Antigo Lagar de Azeite vai ser invadido pela arte da pintora Marinela Fazendeiro.
"IV Batida Fotográfica - Serra de Silves" é o nome da exposição fotográfica que vai preencher a Sala Polivalente da Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro durante o mês de Outubro. A simplicidade da beleza natural, a par da fragilidade da serra, perante os fogos e a seca são apenas alguns dos motivos que foram captados pela objectiva fotográfica.
Na Galeria o Museu do Trajo do Algarve encontra-se patente até ao dia 19 de Novembro, a exposição de fotografia de Duarte Belo "Território em Espera II - Algarve - Cortiça em São Brás de Alportel", inserida no evento Faro, Capital Nacional da Cultura 2005, em parceria com a Câmara Municipal de São Brás e a Casa da Cultura António Bentes.
A Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro acolhe ainda durante o mês de Outubro a exposição documental "Voluntariado Jovem para as Florestas - Missão Possível, Verão 2005", uma mostra ilustrativa do projecto de voluntariado jovem, desenvolvido no concelho para a prevenção ao fogos florestais.
"in região-sul.pt" - 18 de Outubro de 2005 09:53
Cá para nós, que ninguém nos ouve, isto é "COL TURA" a mais para mim...
Chamar a um pedaço de pedra, cama!... vai lá, vai...
Já o ANTIGO LAGAR DE AZEITE onde decorria a exposição de Marinela Fazendeiro, acreditamos que tenha sido alvo de assalto pois encontramos severamente vandalizado e da exposição nem sinal... é pena!
14 outubro 2005
Encontro para debater o Ambiente
Depois de Albufeira e Faro, é a vez de São Brás de Alportel acolher, entre 3 a 5 de Novembro (no Cineteatro local), o Encontro Regional de Educação Ambiental do Algarve, numa organização da Associação Almargem.
A iniciativa já vai na terceira edição e, este ano, abrange o tema “Paisagens Interiores, Cenários e Sustentabilidade no Algarve”.
No primeiro dia do Encontro, realiza-se um conjunto de intervenções, dividido em três painéis: cenários de sustentabilidade; perspectivas educativas; e década das Nações Unidas da Educação para o desenvolvimento sustentável.
O segundo dia, sexta-feira, é composto por vários itinerários e workshops, além de um fórum de projectos. O sábado é dedicado a diversas oficinas e, no final do dia, são apresentados os trabalhos anteriores, assim como as conclusões tiradas do 3º Encontro.
"in regiao-sul.pt" - 14 de Outubro de 2005 09:41
A iniciativa já vai na terceira edição e, este ano, abrange o tema “Paisagens Interiores, Cenários e Sustentabilidade no Algarve”.
No primeiro dia do Encontro, realiza-se um conjunto de intervenções, dividido em três painéis: cenários de sustentabilidade; perspectivas educativas; e década das Nações Unidas da Educação para o desenvolvimento sustentável.
O segundo dia, sexta-feira, é composto por vários itinerários e workshops, além de um fórum de projectos. O sábado é dedicado a diversas oficinas e, no final do dia, são apresentados os trabalhos anteriores, assim como as conclusões tiradas do 3º Encontro.
"in regiao-sul.pt" - 14 de Outubro de 2005 09:41
10 outubro 2005
AUTARQUICAS 2005
António Eusébio bate recorde de votação no Algarve
António Eusébio conseguiu a mais expressiva vitória de sempre para o Partido Socialista em São Brás de Alportel (68,27%) e mesmo em todo o Algarve. O jovem autarca deu provas durante quatro anos à frente dos destinos da autarquia e os são-brasenses recompensaram-no com 3244 votos, o que permitiu a sua reeleição como presidente da Câmara.
Relativamente à Assembleia Municipal o cenário foi "rosa". Com uma percentagem de 58,40% os socialistas conseguiram 10 mandatos na Assembleia Municipal, ficando o PSD com 4 e a CDU com apenas 1.
Quanto à Junta de Freguesia de São Brás de Alportel também não escapou ao PS que conseguiu 2807 votos (59,07%). O PSD alcançou apenas 1289 votos (27,13), a CDU ficou-se pelos 359 (7,55) e CDS-PP registou 81 votos (1,70%).
Falando ao Região Sul/DiáriOnline Algarve António Eusébio sublinhou que "esta vitória tem um sabor especial. É o reconhecimento que os são-brasenses deram ao desempenho do trabalho do executivo durante estes quatro anos". O autarca referiu ainda esta "vitória histórica funciona como um maior estímulo para levar a bom porto os projectos preconizados nos Novos Desafios".
O GIDI da Câmara Municipal de São Brás de Alportel está de parabéns.
Sem duvida muito deste resultado é devido ao excelente trabalho realizado pela Dra. Marlene Guerreiro, no Gabinete de Informação criado por Antonio Eusébio. O cargo de vereação agora obtido é justo prémio ao trabalho desenvolvido. Parabéns Dra. Marlene...
António Eusébio conseguiu a mais expressiva vitória de sempre para o Partido Socialista em São Brás de Alportel (68,27%) e mesmo em todo o Algarve. O jovem autarca deu provas durante quatro anos à frente dos destinos da autarquia e os são-brasenses recompensaram-no com 3244 votos, o que permitiu a sua reeleição como presidente da Câmara.
Relativamente à Assembleia Municipal o cenário foi "rosa". Com uma percentagem de 58,40% os socialistas conseguiram 10 mandatos na Assembleia Municipal, ficando o PSD com 4 e a CDU com apenas 1.
Quanto à Junta de Freguesia de São Brás de Alportel também não escapou ao PS que conseguiu 2807 votos (59,07%). O PSD alcançou apenas 1289 votos (27,13), a CDU ficou-se pelos 359 (7,55) e CDS-PP registou 81 votos (1,70%).
Falando ao Região Sul/DiáriOnline Algarve António Eusébio sublinhou que "esta vitória tem um sabor especial. É o reconhecimento que os são-brasenses deram ao desempenho do trabalho do executivo durante estes quatro anos". O autarca referiu ainda esta "vitória histórica funciona como um maior estímulo para levar a bom porto os projectos preconizados nos Novos Desafios".
O GIDI da Câmara Municipal de São Brás de Alportel está de parabéns.
Sem duvida muito deste resultado é devido ao excelente trabalho realizado pela Dra. Marlene Guerreiro, no Gabinete de Informação criado por Antonio Eusébio. O cargo de vereação agora obtido é justo prémio ao trabalho desenvolvido. Parabéns Dra. Marlene...
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