Portugal é actualmente um país de baixa fecundidade, registando valores inferiores ao nível necessário para assegurar a substituição das gerações. Os valores decresceram de 3,2 em 1960 para os actuais 1,4 crianças por mulher, quando o recomendado é de 2,1 por cada mulher.
A nível regional, o Algarve contraria esta tendência decrescente e é mesmo a região do país onde ocorreu um maior aumento de nascimentos nos últimos cinco anos (21,1 por cento), seguida, de longe, por Lisboa (8,2 por cento), Madeira (3,3 por cento) e Alentejo (1,0 por cento). Todas as outras regiões do país registaram uma diminuição de nascimentos no mesmo período de tempo, destacando-se as quebras mais acentuadas nos Açores e no Norte, com valores negativos de 9,9 e 8,2 por cento, respectivamente.
Desta forma, se no âmbito nacional nascem cada vez menos crianças, as estatísticas do INE provam que a taxa de fecundidade no Algarve está a recuperar, apresentando valores de 2,1 filhos por mulher (o índice sintético desejado para manter-se a substituição de gerações). Refira-se que, em termos nacionais, esse valor não é alcançado desde 1982.
Albufeira e Alcoutim em extremos opostos Dentro da região, também existem grandes disparidades entre os 16 concelhos. Analisando os dados demográficos, verifica-se que o município de Albufeira apresenta o maior acréscimo da taxa de fecundidade de Portugal, com 2,4 filhos por mulher. Na última década, apenas Albufeira (5,4 por cento), Lagoa (1,0), Portimão (0,7) e Faro (0,1) têm mantido o saldo natural (diferença entre nascimentos e óbitos) positivo no Algarve. Por outro lado, os concelhos de Alcoutim (-14,3 por cento), Monchique (-11,1), Aljezur (-9,2), Castro Marim (-7,7) e São Brás de Alportel (-6,8) apresentam o maior decréscimo do saldo natural.
Isto significa que, à semelhança do que se verifica no resto do país, estes municípios vão continuar a ter menos crianças e mais velhos, tendo, por isso, uma população cada vez mais envelhecida.
In "Jornal do Algarve"
ULTIMA HORA:
Segundo apuramos, a autarquia reuniu em segredo (no Ervilha) para discutir a possibilidade de vir a subsidiar os jovens casais que decidam ter filhos, 200 €uros por criança, 500 se forem gêmeos.
A Junta de Freguesia também estuda essa possibilidade.