São Brás de Alportel tem das mais baixas médias da região em Português e Matermática.
O Júri Nacional de Exames (JNE) divulgou o relatório sobre os exames nacionais dos ensinos básico e secundário de 2005, que aponta, numa escala de um a cinco, o distrito de Faro com o valor mais baixo a nível continental no exame de Matemática, com 2,8 de classificação. Todavia, em termos nacionais, a Madeira obteve os piores resultados com a média de 1,97.
No que respeita ao exame de Português, a média algarvia foi de 2,94, ficando em terceiro lugar a par do distrito da Guarda, tendo sido o distrito de Vila Real que obteve a pior média neste exame, com 2,86.
O relatório do JNE constata ainda uma diferença entre as avaliações obtidas pelos alunos nas médias de frequência dadas pelos professores e as médias obtidas pelos alunos nos exames nacionais.
A nível do distrito de Faro, os resultados dos exames nacionais de Português destacam os concelhos de Aljezur (3.21), Faro (3.10) e Monchique (3.09), com as melhores médias alcançadas.
Os concelhos de Alcoutim (2.71), São Brás de Alportel (2.77) e Vila do Bispo (2.78) obtiveram, por seu turno, as médias mais baixas do distrito nos exames de Português.
Feitas as contas, os resultados do exame nacional de Matemática revelam que os concelhos de Monchique (2,44), Castro Marim (2.26) e Vila Real de Santo António (2.13) obtiveram as três melhores médias do Algarve, enquanto os concelhos de São Brás de Alportel (1.76), Olhão (1.82), Vila do Bispo (1.89) e Lagoa (1.89) obtiveram os resultados mais baixos.
Entre as conclusões do relatório do JNE ficam as sugestões para procurar um equilíbrio maior entre os métodos de classificações interna e dos exames nacionais, de modo a evitar as discrepâncias e alerta para a necessidade de repensar a prática nas salas de aulas.
De acordo com a nota preambular do relatório, assinada pela presidente do JNE, os exames nacionais são um elemento de avaliação por excelência e faz um balanço positivo do modo como foram realizados em 2005: “Apesar de alguma perturbação que se fez sentir na realização dos exames nacionais, as escolas, tanto básicas como secundárias, estiveram à altura das suas responsabilidade e os alunos não foram prejudicados por um certo clima de instabilidade que se gerou na sua preparação e realização, tendo em conta as mudanças políticas que ocorreram no país”.