in: Correio da Manhã
Ontem foi um dia triste na Herdade da Casa Branca, onde está a realizar-se o Festival Sudoeste, mais triste
Pela manhã, a jovem dirigiu-se, com sete amigos, ao canal para tomar banho. Na água, passado algum tempo, os colegas lembraram-se dela. Foram procurá-la à zona do acampamento e, como não a encontraram, ficaram preocupados. Foi então que apelaram por socorro. Um capitão da marinha encontrou-a no fundo do canal a poucos metros da zona da entrada. Havia muita gente à volta, mas ninguém se apercebeu do trágico acontecimento. Não houve gritos, nem apelos. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Afogou-se sem ninguém ver.
Quando o corpo saiu da água já estava no local um médico da Cruz Vermelha que tentou, sem sucesso, reanimar a jovem. De imediato foi chamado um psicólogo que acompanhou os amigos até ao Hospital de Santiago do Cacém de onde seguiram para casa. Para eles, o Sudoeste 2006 será de péssima memória.
LAMENTOS
Álvaro Covões, da organização, lamentou que embora esteja montado “em conjunto com a Marinha, um dispositivo muito forte com cerca de 30 homens que se encontram ao lado do canal, infelizmente não conseguimos evitar esta tragédia”, a primeira em dez anos de festival.
A seu lado, Nuno Leitão, do Instituto de Socorros a Náufragos, comentou a inexistência “de um sistema de segurança que consiga prever estas coisas. Fazemos uma vigilância aleatória a grupos de risco, mas o tipo de afogamento que aqui aconteceu era impossível de evitar”.
O dispositivo de segurança do festival não vai ser aumentado ou alterado, pois o existente “é ideal para este tipo de afluência de pessoas”, afirmou Leitão, salientando que, “em termos de segurança, o evento está, a todos os níveis, bem montado”. A causa apontada para o acidente foi epilepsia, dado que só poderá ser confirmado após a autópsia.
À tarde, a grande maioria dos festivaleiros desconhecia o acontecimento. Facto isolado, apesar da tristeza de alguns, a morte não está a ter influência no bom ambiente que se vive no Sudoeste. “Essas coisas podem acontecer em qualquer lugar, sobretudo onde se encontrem milhares de pessoas. É preciso não alarmar”, aconselha Alfredo Santos, de Faro, entretido a dar cambalhotas para o canal que tem cerca de quatro metros de profundidade.
Segundo um testemunho ocular, pouco depois das 11h00, também de ontem, um jovem aflito apelava à GNR para tentar salvar um amigo que se estava a afogar numa praia a sul da Zambujeira do Mar. Supostamente, quando a ambulância chegou ao local, o jovem já teria sido retirado da água.
S. BRÁS DE ALPORTEL EM CHOQUE
A notícia da morte de Ana Isabel Gaspar, filha única do bancário reformado João Camilo Gaspar e da administrativa da Escola Bernardo de Passos, Marília Gaspar, caiu como uma bomba
Aluna do 4.º ano do curso de Terapia da Fala, em Lisboa, a jovem passava as férias na vila algarvia, onde completou os estudos secundários. Os pais, avisados pelos amigos da filha, seguiram logo para o Alentejo.
Actualização: 05/08/2006
in: Região Sul
Luto em S. Brás de Alportel
Uma jovem são-brasense de 23 anos morreu afogada na sexta-feira de manhã, no Festival Sudoeste, Zambujeira do Mar, num dos muitos canais de rega existentes na zona.
Ana Isabel Gaspar, filha única de João Camilo Gaspar e de Marília Gaspar, estava acampada com um grupo de amigos, que de manhã saíram para tomar banho nos canais. De acordo com fontes no local a jovem terá submergido sem que nenhum dos amigos desse conta do facto.
De acordo com a agência Lusa, o Comando da Brigada 3 da GNR explicou que a jovem foi encontrada já inanimada por um nadador salvador. “O nadador salvador retirou-a da água e tentou reanimá-la, dando também o alerta, cerca das 11:30 horas, à equipa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) que tem um hospital de campanha instalado no recinto”, mas já foi tarde.
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Actualização: 04/08/2006 - 18 horas
Em declarações à agência Lusa, o Comando da Brigada 3 da GNR explicou que a jovem estava «acampada com um grupo de amigos no recinto do festival» e foi encontrada já inanimada. Ninguém terá dado pela sua falta enquanto estavam no canal de rega, só depois disso foi dado alerta. Os mergulhadores da marinha procederam às buscas e recuperou o corpo já sem vida.
Em declarações ao PortugalDiário, a GNR afirmou que «ainda não foram apuradas as circunstâncias em que ocorreu o afogamento». Uma hipótese avançada pela Cruz Vermelha no local é que se tenha tratado de um ataque epilépticoUma jovem de 23 anos de São Brás de Alportel morreu hoje afogada num dos canais de rega existentes na zona do Festival do Sudoeste, Zambujeira do Mar.
A jovem estava "acampada com um grupo de amigos no recinto do festival" e foi encontrada já inanimada, dentro de água. "O nadador salvador retirou-a da água e tentou reanimá-la, dando também o alerta, cerca das 11h30, à equipa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) que tem um hospital de campanha instalado no recinto".
Os socorristas da CVP também procuraram reanimar a rapariga, que foi transportada para a tenda de campanha e, nesse local, assistida por médicos, acrescentou o mesmo responsável da GNR. "Mas esses esforços não surtiram efeito porque a jovem não conseguiu ser reanimada e acabou por morrer", disse.
O cadáver vai agora ser transportado para o gabinete de medicina legal do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, com o objectivo de ser submetido a autópsia.
"Não sabemos ainda quais as causas do afogamento", sublinhou a fonte da GNR.
O canal de rega onde a jovem se afogou, segundo os dados divulgados pela corporação policial, situa-se "na zona do recinto do Festival do Sudoeste", uma vez que a sua utilização para banhos por parte dos visitantes do evento "está acordada entre a organização e a entidade que gere o perímetro de rega".
"O afogamento aconteceu num troço do canal que faz uma espécie de tanque. A passagem da água é fechada em ambas as extremidades do equipamento, o que faz subir a água e formar quase um lago para ser utilizado pelos jovens que estão acampados no recinto", explicou a GNR, acrescentando não dispor, de momento, de mais dados sobre o caso.
Lusa.
2 comentários:
É uma notícia triste.
Os meus pêssames à família da rapariga, acho que mais nada se pode dizer... nem sequer fazer
TG
Infelizmente perdemos uma amiga, uma companheira, uma pessoa que estava sempre pronta para ajudar fosse quem fosse... perdeu-se uma das alegrias da nossa terra.
Mas quando à noite olharmos para o céu poderemos ver que este ganhou uma das mais bonitas estrelas.
Adeus Buga! Olha sempre por nós!
Nunca te esqueceremos!
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