30 julho 2006

Unidade Compostagem de Verdes

A Algar anunciou ontem a construção uma Central de Valorização Orgânica e uma Unidade de Compostagem de Verdes, permitindo valorizar matéria orgânica, produzir energia eléctrica e um fertilizante natural.

“Trata-se de uma infra-estrutura que irá contribuir significativamente para o cumprimento dos objectivos comunitários, relativamente ao desvio de matéria orgânica dos aterros sanitários”, sublinhou Hélio Barros, presidente da Algar, em conferência de imprensa à margem da Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente, em Olhão, do qual a empresa é um dos altos patrocinadores.

Localizada em São Brás de Alportel, o investimento nesta infraestrutura ascende a 20 milhões de Euros e, ao permitir a produção de energia renovável, “contribui para um balanço energético positivo, e redução de emissões de gases com efeito de estufa”, relativamente a outras tecnologias de tratamento de resíduos, segundo Hélio Barros.

Em termos tecnológicos a Central de Valorização Orgânico irá funcionar pelo processo de digestão anaeróbia com produção de energia.

Serão canalizados para a Central os RUB’s (Resíduos Urbanos Biodegradáveis) recolhidos selectivamente em restaurantes, cantinas, mercados, hotéis e outros centros produtores.

Quanto aos resíduos verdes, depositados nos Ecocentros e na própria Unidade de Compostagem, permitirão a produção do composto destinado a fertilizante.

Uma das vantagens ambientais deste processo é a recirculação de nutrientes, que conduz à redução do uso de fertilizantes químicos.

O desvio de materiais verdes dos aterros sanitários, por sua vez, contribui para uma maior longevidade destes equipamentos.

Numa primeira fase, a capacidade máxima de processamento de RUB´s será de 20 000 toneladas anuais, podendo atingir 30 000 toneladas por ano numa segunda fase, enquanto a compostagem poderá atingir as10 000 toneladas por ano.

A recirculação de nutrientes, através da aplicação do composto produzido, é também “solução ideal em termos do cumprimento dos objectivos comunitários” de desvio de matéria orgânica dos aterros sanitários, salientou ainda o responsável da Algar.

... Resta-nos agora esperar pelo anúncio por parte do presidente da câmara de mais esta obra estruturante para o concelho, mais valia para o concelho que proporcionará mais empregos e desenvolvimento, num concelho com elevadas preocupações ambientais... ai!... se não fosse este executivo que seria da vila de São Brás de Alportel...

Já a Algar esqueceu-se de mencionar que esta central de compostagem irá servir os 16 concelhos do Algarve... o que será que isso representa para um concelho como São Brás ?...

6 comentários:

Anónimo disse...

´vamos esperar, não demora muito para o eusébio vir com a conversa de sempre! FUI EU QUE FIZ!
aldrabão

Anónimo disse...

Mas afinal aonde se vai situar exactamente essa enorme lixeira (30 mil toneladas /ano), no concelho?

Quais as consequências da sua localizacão para os residentes?

Estou farto dessa conversa de treta sobre o progresso, que no fim só se traduz em mais entulho, lixo e poluicão.
Lembro-me dos casos recentes dos aterros de Barranco do Velho e de Cortelha e da história sinistra da linha de alta-tensão que queriam fazer passar por zonas densamente habitadas!

Anónimo disse...

É pá lixo em S.BRÁS não mandem o lixo para a CORTELHA não vamos estragar o resto que falta da nossa sérra não acha S.R PRESIDENTE.......................

Anónimo disse...

São Brás, futura lixeira do Algarve

Os exemplos do Barranco do Velho e Cortelha já deram para entender que a empresa de tratamento de lixos age como um gangster ambiental, que transformou uma grande área da Serra numa lixeira imunda onde ninguém consegue viver.

Agora que a Câmara de Loulé finalmente ameaca reagir, eles já andam à procura de doutros vazadouros, onde ainda possam enganar os pacóvios com as tretas do costume sobre "investimento" e "emprego".

Ora os pacóvios que emprenham de ouvido mais facilmente com estas conversas já se sabe que são os de São Brás! Por isso vão-se preparando...

Anónimo disse...

Meus senhores:

Será certamente assumido por todos que nós humanos, graças à nossa inteligencia, somos capazes de produzir coisas que cobrem todo o espaço existente entre o melhor e o pior.
Criamos coisas maravilhosas e também criamos coisas terríveis.
Curiosamente das coisinhas más que fazemos quase todas têm um resultado em fim de vida que é o LIXO. Algum desse lixo colocamo-lo num balde fechado por causa do cheiro, geralmente de baixo do lava-loiça que quando está cheio levamo-lo para um caixote do lixo mais longe possível e junto à casa dos outros para que eles fiquem com o cheiro porque na nossa casinha já incomoda. Mais tarde há-de passar um camião que o levará ainda para mais longe e de preferencia para a terra dos outros porque na nossa não pode ficar ... ...
Fazendo de excepção à regra do ditado que diz " a galinha do vizinho é sempre melhor que a minha" achamos que a nossa terrinha é sempre melhor que e do vizinho e, portanto, o vizinho que leve com ele porque eu não posso.(Descansem porque eu penso igual!)

Não! Não estou contente porque o aterro ou a central ou o raio que o parta vai em ficar em S.Brás ou cá perto. Mas tenho a consciencia suficiente que se temos a responsabilidade pelo fabrico do lixo ainda mais responsabilidade temos que ter em trata-lo tão só porque quando cá chegamos tudo o que existe à nossa volta já existia.


Não questiono de forma nenhuma a existencia de aterros ou de centrais ou outra coisa qualquer, apenas exijo a responsabilidade das cabeças pensantes deste país que assegurem a gestão adequada destas estruturas para que o bem que supostamente deveriam fazer não se torne num mal ainda pior como por exemplo, o facto de haver aterros sanitários a despejar directamente os produtos lixiviados (águas super, mas super contaminas) tão só porque o tratamento ao qual deveriam estár sujeitos existe mas não funciona, à semelhança de inúmeras ETAR'S por este país fora, ou por a manga plástica que deveria proteger o solo das infiltrações estár rasgada.

Parece mentira não parece, mas é bem real.

Ass: Fiquem Bem! ... com o lixo tratado

Anónimo disse...

No Algarve há dois tipos de concelhos:

1 os do betão+esgotos-a-céu-aberto
2 os da cinza+lixeira/aterro

São Brás vai pertencer a ambos os tipos. Isto é que é desenvolvimento!