Qual é o balanço desta edição da Feira da Serra?
António Eusébio – Faz-se um balanço muito positivo na medida em que mantivemos o mesmo número de visitantes em relação aos últimos anos, cerca de 25 mil pessoas, tendo em conta que nesse fim-de-semana houve inúmeros eventos no Algarve, desde a feira de gastronomia de Lagos ao festival da cerveja em Silves, ao festival gastronómico em Faro, à feira do ambiente em Olhão, etc. E mesmo com tantos eventos a Feira da Serra conseguiu manter o mesmo número de visitantes. (…este presidente está sempre a confundir-nos!?... todas as informações que obtemos e noticias que lê-mos apontam para 20 mil visitantes, numero que inclui os convidados e este homem fala em 25 mil!?... deram-lhe o discurso errado?!... esse já tem 3 anos!)
Por outro lado, sentimos que as pessoas gostaram, que acham a feira cada vez mais organizada, com melhor distribuição de espaços. Praticamente todo o espaço do recinto foi ocupado. Com o Sítio da Cortiça conseguimos colmatar aquele espaço que faltava, tornando não só a ocupação mais bonita como também fazendo uma mostra de como se trabalhava a cortiça no antigamente, passando pelas várias etapas até chegar à rolha. Isto é algo que as pessoas já não estão habituadas a ver, apesar de haver fábricas
Na sua opinião, porque razão a Feira da Serra não se ressentiu do excesso e dispersão de eventos na região durante o fim-de-semana?
AE – Eu penso que a virtude da Feira da Serra é o seu objectivo principal, que é a promoção do interior do Algarve como imagem de marca, diferente da parte turística do sol e praia. Este Algarve interior tem também muito para dar a um turismo diferente. E nesse sentido a Feira da Serra nunca teve nem tem como objectivo principal um palco com grandes artistas, por exemplo. É a feira em si, a gastronomia, o artesanato e a valorização das tradições locais que são importantes. O espectáculo aparece apenas como uma envolvente e como um complemento. Daí talvez advenha o interesse das pessoas que costumam visitar o evento. Sentem-se bem notando essa diferença e voltam todos os anos, porque sabe bem passearem-se na Feira da Serra. Portanto eu penso que são estas as virtudes do evento. (… ficamos contentes que tenha essa perspectiva da feira, agora!!... no entanto nos últimos anos a feira tem se afastado cada vez mais da gastronomia, tradição e artesanato da serra algarvia, invés disso temos, picadeiros, tractores e bugigangas.)
A feira não se ressentiu mas houve quem se ressentisse e defenda que deve aparecer uma entidade reguladora destas questões, para que haja espaço para todos. O que pensa disto?
AE – Já há tentativas de vários autarcas no seio da Grande Área Metropolitana em tentar seleccionar alguns fins-de-semana para que esse fenómeno não exista. No entanto não tem sido fácil gerir essa situação. E este fim-de-semana foi um exemplo disso, com meia dúzia de eventos de grande importância todos ao mesmo tempo. Mas também é certo que nesta altura o Algarve tem pessoas para tudo. No entanto eu acho que devia ser feito um esforço para seleccionar melhor. Mas repare que a Feira da Serra contou com a sua 15ª edição em 16 anos, sempre no mesmo fim-de-semana… Devemo-nos respeitar e arranjar maneira de conseguir distribuir os eventos pelas várias datas possíveis.
O certame já vai na 15ª edição. É um evento para crescer mais ou chegou à estrutura máxima?
AE - Naquele espaço já não tem grande capacidade de crescimento. Todo o recinto já está ocupado.(… Estamos à espera do Parque de Exposições e Feiras!!!!... lembra-se sr. presidente dessa promessa?!... provavelmente esqueceu… era aquele espaço “onde se podia realizar este tipo de eventos com a dignidade que merecem”… lembra-se agora?...)
Mas também sou da opinião que temos de inovar e fazer algumas remodelações, embora ainda não saiba quais são. Continuaremos a apostar na parte gastronómica e tradicional como questão primordial, mas quem sabe, apostando também mais nos artistas, por exemplo, porque o objectivo final será trazer cada vez mais pessoas ao evento, promovendo em simultâneo, e da melhor forma, o concelho de São Brás de Alportel. (...nós damos uma ideia para a inovação: substitua os stands ocupados pelo “gabinete de promoção da imagem” da câmara municipal e junta de freguesia, os stands de instituições, “artistas” ou “comerciantes” que nada tem haver com a cultura e tradição da serra algarvia, e as barracas de exposição das poucas associações do concelho que ainda aderem ao evento e que nada “vendem” por RESTAURANTES, TASCAS E CAFEZINHOS... vai ver ainda lhe sobra espaço, e garantimos lhe que terá no mínimo 30 mil visitantes!... experimente vai ver que não dói nada!...)
5 comentários:
Dá a sensação que o comentarista está no negócio dos comes-e-bebes, que tem tanto a ver com a tradição como os outros negócios dos comerciantes e feirantes.
Como toda a gente sabe, mas procura esquecer, a cultura e a tradição da serra algarvia estão bem mortas e enterradas, restando apenas uns vendedores de enchidos, queijos e bolos muito pouco serrenhos (e uns medronhos marados).
A questão está em saber se a Serra (e já agora o Barrocal) ainda produzem hoje coisas de jeito (velhas ou novas) que valha a pena mostrar em feiras especializadas. O resto é museu e nostalalgia.
Bom, eu tenho que estar de acordo com o aumentar o numero de tascas, afinal o convivio é o principal da festa.
para ver a toda feira foram necessários 40 minutos, para arranjar lugar para jantar cerca de hora e meia!!!
assim não dá!
Mais restaurantes, sim senhora!!! não pense o presidente que apenas vamos a feira para ver os expositores!!!!
A malta quere é convivio, comes e bebes e se possivel com musica a acompanhar!
ass: Social(ISTA) Democrata
mais tascas e mais um dia
um dia e uma noite...e mesmo assim não sei se chega... estar quase hora e meia de seca para comer até ja parece o luis dos frangos...
com espinhas
...afinal o convivio é o principal da festa.
isto diz tudo!...
o que os expositores conseguem vender é uma ninharia, a malta quer é convivio, comes e bebes e muita musica!
até um ceguinho vê isso!
(menos os cegos da comissão organizadora porque estão ocupados a jantar na zona vip servidos pela escola hoteleira, enquanto o zé povinho espera mais de uma hora para se acotevelar enquanto come!)
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