Em S.Brás sempre houve tabernas. Além das muitas tabernas e algumas adegas que havia na vila, as mais conhecidas daquela altura eram a Adega dos "Moços Dias" e a Adega do "Tio Chico Neves". Aviavam os copos de vinho tirados directamente das torneiras das pipas, acompanhado de um pratinho de tremoços e de vez em quando "marchava" uma linguiça assada.
Nos anos 30 foi o Aleixo, esse poeta popular de Loulé que aparecia na feira de S.Brás a vender cautelas e bebia um copo com este e aquele e era uma festa quando ele aparecia. O Aleixo era grande improvisador mas S. Brás tinha Mestre Zé Vicente que era dos lados do sítio da Mesquita, do concelho de S.Brás de Alportel, popular "quadrista" repentista, que rivalizava com o António Aleixo na arte de na hora fazer quadras sobre os assuntos, bons ou maus, que em determinada altura andavam nas bocas do povo da terra e do País.
Ao Domingo, dia em que o camponês vinha à vila, juntavam-se os amigos nas tabernas e depois de uns copos lá vinham as quadras ao despique, pois havia vários "quadristas". Por vezes convidavam o António Aleixo a vir de Loulé até S.Brás, a troco de um petisco e uns copos, só para ouvirem o despique de quadras repentistas entre o Aleixo e Mestre Zé Vicente, que era o campeão de S.Brás na matéria e que nunca deixava o Aleixo sem uma resposta. Eram capazes de levar uma tarde numa contenda de quadras sobre um ou outro mote que lhes era por vezes apresentado.
2 comentários:
nao ha mneira de dar respostas aos aleixos
Não percebi essa "de dar resposta aos aleixos"
Crítica clara sim. Diga lá o que é que o incomoda ó camarada. Com educação, se possível...
João Brito Sousa
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