Apesar de ser o primeiro dia em que a Quinta do Peral abria as suas portas ao grande público, o jovem Zacarias, a mascote do novo Centro de Interpretação e Educação Ambiental de São Brás do Alportel, não pareceu nada incomodado com a presença e com as solicitações dos muitos convidados que estiveram presentes na inauguração do espaço, na passada semana.
Zacarias é um burro e, talvez em virtude da sua juventude, não se mostra desconfiado quando abordado por humanos.
Antes pelo contrário! Quem passar ao lado da sua «cabana», poderá verificar que o simpático animal o segue de trás para a frente e se aproxima da vedação, para receber um carinho.
Mas este não é o único animal que promete fazer sucesso junto dos mais novos e dos menos jovens e não é, certamente, a única atracção da Quinta Pedagógica do Peral.
Cabras, ovelhas, coelhos, galinhas, patos e gansos coabitam o espaço, agora recuperado, da antiga Escola Primária do Peral, um pequeno lugar do concelho de São Brás de Alportel, bem perto da fronteira deste município com o de Faro, na estrada que segue da vila serrana em direcção a Moncarapacho.
Como nem só de animais vive uma quinta, a do Peral oferece um leque bem mais alargado de serviços. O conceito deste espaço pedagógico assenta em duas figuras simbólicas, o Senhor José e a Dona Maria, os técnicos que estarão sempre presentes e orientarão os visitantes. Cada qual dará a conhecer diferentes aspectos da vida e tradições rurais.
Além das espécies arbóreas endémicas da Serra do Caldeirão, quem for ao Centro de Interpretação e Educação Ambiental pode ficar a conhecer as flores de cheiro mais usadas na região e ver como se produzem legumes.
Neste campo, será o Senhor José a transmitir o seu conhecimento, ensinando aos visitantes as técnicas para preparar a terra, semear, mondar e sachar, entre outras.
Já a Dona Maria terá a seu cargo transmitir a sabedoria intemporal de produzir pão. A Casa do Forno inclui não só um forno a lenha, como um espaço especialmente concebido para ateliers. Os visitantes poderão preparar a massa e cozer o seu próprio pão.
Para melhor degustar este alimento, que é uma das bases da gastronomia portuguesa, a técnica da Quinta do Peral também irá ensinar a fazer compotas, recorrendo a produtos típicos do concelho e da região. Mais tarde, os visitantes poderão provar o pão que fizeram com as suas mãos, enriquecido com compotas caseiras.
A Quinta do Peral está aberta ao público
A ocupação de tempos livres, durante as férias, é outra das valências do centro. Essa marcação é feita através do preenchimento de uma ficha no site da autarquia sambrasense, o www.cm-sbras.pt.
1 comentário:
Esta espécie "enlatada "de quinta pedagógica é perfeito exemplo de como gostamos de gastar dinheiro podendo poupá-lo, de como preferimos as imitações às realidades.Com um espaço rural tão grande e tão rico, seria preciso criar uma quinta de imitação? Que falta de imaginação....
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