12 abril 2008

São Brás recusa-se a ser dormitório de Faro


São Brás de Alportel não quer ser um dormitório de Faro e quer criar emprego para os seus munícipes. Para isso, vai apostar na criação de um parque empresarial e industrial, uma medida que vai ao encontro da política que já vem sendo seguida de criar condições favoráveis para a fixação de empresas neste concelho algarvio.

in: "Barlavento- online" texto:Hugo Rodrigues; Foto: Carlos Sousa

O presidente da autarquia sambrasense António Eusébio foi o convidado da semana passada do programa CRIA FM, realizado em parceria pelo «barlavento» e pela Rádio Universitária do Algarve. Como explicou então o autarca, São Brás pretende criar «uma área empresarial, comercial e de serviços». «A maior parte das pessoas não imagina, mas hoje em dia, uma empresa que precise de 20 mil metros quadrados, cerca de dois hectares, é muito complicado. Há poucas áreas onde se pode ter essa localização e os terrenos são muito caros», disse António Eusébio. A criação desta zona vai ser consagrada num Plano de Pormenor, a ser aprovado «dentro de quatro ou cinco meses».Ao mesmo tempo, a autarquia sambrasense tem implementado uma política de atracção de negócios para o concelho. «Baixámos as taxas para as novas empresas que se quisessem fixar no concelho em 75 por cento, já há dois ou três anos. Também não temos derrama. Se olharmos às contas deste ano, começa a ser notória a preferência de algumas empresas por São Brás de Alportel», contou o autarca.Ainda no que toca a taxas, também se perspectiva haver diminuições nas do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). «A redução desta taxa é um dos grandes objectivos que temos. Tem vindo a ser atrasada porque não sabíamos bem quais seriam as repercussões da nova lei na economia local. Estou convencido que, durante o próximo ano, será possível reduzir as taxas de IMI, tanto para os prédios novos, como para os mais antigos, mas também para os rústicos», anunciou.Por ser pequeno e pouco populoso, São Brás de Alportel é dos concelhos que menos dinheiro recebe do Orçamento de Estado. Ainda assim, são muitas as obras que têm sido executadas naquele concelho serrano e muitas outras estão em cursos ou para começar.Como explicou António Eusébio, aquilo que parece quase um milagre da «multiplicação dos pães», não passa de gestão autárquica cuidada e planificada. «É preciso um grande planeamento. Temos de ter o projecto executado na altura certa, para nos podermos candidatar a determinado fundo assim que seja possível, e conseguir conjugar este trabalho com as necessidades do município», contou. Algo que «não é fácil e é trabalhoso». «No 3º Quadro Comunitário de Apoio, esgotámos todos os fundos ao nosso alcance», frisou. No que toca às obras propriamente ditas, o executivo liderado por António Eusébio contou, nos últimos anos, com a ajuda da população do concelho. O município lançou os Orçamentos Participativos e já fez algumas obras sugeridas por munícipes. Mas, mais do que isso, conseguiu «democratizar» as escolhas estratégicas que são feitas para o concelho. «O Orçamento Participativo dá a responsabilidade a quem faz a contraproposta de pensar: retiro este investimento para fazer aquele. Deixa de haver o comentário depreciativo do não se faz isto ou aquilo para se começar a pensar não se faz isto para fazer aquilo», resumiu.Uma medida que tem tido bons resultados e que, garantiu António Eusébio, «facilita o trabalho do executivo».

i

1 comentário:

Anónimo disse...

Não é dormitório? É pior. É uma pensão rasca sem águas correntes e com pegas pelo corredor...