Um problema inesperado no motor do Ford Escort Cosworth, a cerca de quatro quilómetros do fim, permitiu a Pedro Peres estender a passadeira vermelha a Luís Mota rumo à vitória no Rali de Loulé, sétima prova pontuável para o Campeonato Open de Ralis by Beta.
Numa prova marcada pela hecatombe de abandonos, Luís Mota e Ricardo Domingos, ao volante de um Mitsubishi Lancer Evo IV, assinaram o triunfo no Rali de Loulé e “incendiaram” a luta no Campeonato Open de Ralis by Beta. O piloto do Cartaxo acabou por receber de mão beijada a vitória na prova organizada pelo Automóvel Clube do Algarve, na sequência do abandono de Pedro Peres e Tiago Ferreira, quando a cerca de quatro quilómetros da derradeira “especial” o motor do Ford Escorth Cosworth entregou a “alma ao criador”.
A formação da Peres Competições dominou a seu bel prazer as cinco primeiras especiais da prova, na sucessão de um andamento vivo e bastante homogéneo, não dando a mínima hipótese de resposta aos seus mais directos opositores que nunca tiveram a subtileza necessária no sentido de inverter os propósitos de Pedro Peres e Tiago Ferreira.
De forma paulatina, o líder do Campeonato Open de Ralis by Beta foi economizando segundos preciosos e, com a chegada da última especial, dispunha de uns confortáveis 34,7 segundos de vantagem sobre Luís Mota e Ricardo Domingos. No entanto, a quatro quilómetros da bandeira de xadrez, Pedro Peres e Tiago Ferreira ficaram irremediavelmente afastados do triunfo com a cedência do motor do carro da marca do oval, escancarando as portas a Luís Mota e Ricardo Domingos para assumir a liderança e consequente vitória.
«Esta vitória representa muita coisa para nós. Começámos a fase de terra onde estamos mais à vontade. Naturalmente que o Pedro (Peres) teve azar, mas também não deixa de ser verdade que nunca deixámos de o pressionar. Se terminar todas as provas até final tenho que deitar fora um resultado mas para já estou bem mais perto do líder e isso é muito bom», referiu no final Luís Mota, acrescentando que «assim o campeonato está mais engraçado e, quiçá, mais divertido».
O abandono do líder do Campeonato Open Ralis by Beta permitiu à dupla João Ruivo e Alberto Silva aproximar-se de Pedro Peres na discussão pelo título. Aos comandos de um Fiat Stilo Multiject, João Ruivo efectuou um prova irrepreensível que culminou na segunda posição da geral, a primeira entre os carros de duas rodas motrizes.
A dupla do Fiat Stilo Multijet mostrou que é sem dúvida uma das mais rápidas do pelotão e mesmo em pisos onde a tracção dianteira não é a melhor aliada deixou evidente que há que contar com eles para a discussão dos primeiros lugares nas próximas provas.
«O nosso objectivo passava por assegurar o primeiro lugar na categoria e, por outro lado, continuar na senda dos bons resultados no campeonato. Conseguimos ultrapassar todos os obstáculos, posição que nos permitiu alcançar os propósitos, independentemente da competitividade demonstrada pelos restantes concorrentes. Este resultado oferece boas indicações para as restantes provas que ainda faltam disputar. Esta é a nossa quarta vitória nas duas rodas motrizes o que nos deixa bastante satisfeitos e, em seis ralis já disputados, conseguimos quatro pódios. Para Murça vamos continuar com a mesma postura, ou seja, assegurar a vitória nas duas rodas motrizes e lutar pelos três primeiros lugares», referiu João Ruivo.
Implacável esteve, igualmente, Pedro Duarte. O piloto de S. Brás de Alportel, navegado por João Bento, conduziu de forma primorosa o Peugeot 205 GTI ao degrau mais baixo do pódio, demonstrando que o carro da marca francesa do “leão” é um aliado de peso para voos auspiciosos.
Tratou-se de uma prestação quase imaculada de Pedro Duarte que, em condições normais, consegue esgrimir forças com pilotos apetrechados com máquinas mais potentes e competitivas. Em Loulé, o piloto de S. Brás de Alportel voltou a deixar a sua marca de “guerreiro”, num “combate” que não deixou ninguém indiferente.
«Este rali representa muito para mim e para toda a equipa. Nunca tive sorte em Loulé e, este resultado – segundo em termos regionais – permite-me ascender à liderança. Naturalmente que é difícil manter o estatuto de líder, face ao poderio de outras formações mais apetrechadas, mas obviamente que não vou baixar os braços e lutar sempre pelo melhor resultado», sustentou Pedro Duarte que, no final, não disfarçou a alegria estampada no rosto.
Pedro Duarte líder no Regional Sul
A vitória de Luís Mota no Regional Sul colocou um ponto final no domínio até aqui exercido por José Merceano que, em Loulé, abandonou com problemas eléctricos no Mitsubishi Lancer Evo IV. Naturalmente que o triunfo de Luís Mota não merece a mínima contestação, mas o segundo lugar conquistado por Pedro Duarte ganha contornos electrizantes, uma vez que o piloto de S. Brás de Alportel foi, sem margem para dúvida, o grande vencedor do conjunto de provas organizadas pelo Clube Automóvel do Algarve, ao assumir a liderança em termos gerais.
Um cenário que mexeu nas contas do Campeonato Regional de Ralis do Sul a duas provas do fim. O piloto do Peugeot 205 GTI, que no concelho louletano logrou o triunfo nas das rodas motrizes, usufrui seis pontos de vantagem para José Merceano, segundo classificado, e oito pontos sobre João Monteiro que, ao volante de um Seat Ibiza GTI, terminou o Rali de Loulé na sexta posição (oitavo da geral), enquanto que Luís Mota, que absorveu todos os pontos em disputa, ascendeu ao quarto posto, com 37 pontos.
O terceiro lugar de Bruno Andrade (quarto da geral) também teve contornos assinaláveis em Loulé, subindo ao quinto posto da tabela classificativa, com 33 pontos, mais três que Viana Martins (sétimo na prova louletana) e mais seis que Paulo Nascimento (quarto em Loulé).
Refira-se que o Rali de Loulé foi fértil em abandonos, com particular destaque para José Merceano, que assim deixou a liderança do Campeonato Regional de Ralis do Sul, e José Neves, com problemas eléctricos no Ford Escort Cosworth no final da segunda especial.
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Classificação
Cl. Equipa/Concorrente Carro Tempo
1º Luís Mota/Ricardo Domingos Mitsubishi Lancer Evo IV 51m46,2s
2º João Ruivo/Alberto Silva Fiat Stilo Multijet a 35,6s
3º Pedro Duarte/João Bento Peugeot 205 GTI a 2m08,9s
4º Bruno Andrade/Ricardo Barreto Subaru Legacy Turbo 4WD a 3m49,1s
5º Isaac Portela/Saul Campanário Peugeot 206 GTI a 3m50,4s
6º Paulo Nascimento/Osvaldo Maio Ford Escort Cosworth a 3m50,6s
7º António Lampreia/Pedro Macedo Ford Escort Cosworth a 4m23,5s
8º João Monteiro/José Teixeira Seat Ibiza GTI a 4m53,7s
9º Viana Martins/Paulo Costa Opel Kadett GSI a 5m44.1s
10º Vasco Tintim/Pedro Silva Peugeot 205 GTI a 7m53,8s
11º José Correia/Nuno Lorena (BMW 325 IX), a 7m55,3s; 12º Rui Coimbra/José Dieguez (VW Golf GTI), a 8m16,8s; 13º Marco Gonçalves/Pedro Arroja (Peugeot 205 GTI), a 8m26,5s; 14º Jorge Baptista/Rui Santos (Toyota Celica 4WD), a 10m32,4s; 15º Gil Antunes/Rui Alves (Opel Astra), a 11m25,2s; 16º Renato Pita/Marco Macedo (Nissan Micra Super S), a 11m32,1s; 17º Nuno Mateus/Miguel Paião (Fiat Punto HGT), a 13m49,4s; 18º João Pedro Marcelino/Rui Pinto (Toyota Yaris), a 17m10,0s.
Open by Beta:
1º Pedro Peres, 111; 2º Luís Mota, 110; 3º João Ruivo, 86; 4º Rui Azevedo, 85; 5º Pedro Raimundo, 71; 6º Aníbal Pereira, 57; 7º Jorge Areia, 55; 8º António Segurado, 39.
Regional Sul:
1º Pedro Duarte, 46; 2º José Merceano, 40; 3º João Monteiro, 38; 4º Luís Mota, 37; 5º Bruno Andrade, 33; 6º Viana Martins, 30; 7º Paulo Nascimento, 27; 8º António Lampreia, 26.
3 comentários:
Desporto a sério: 24 páginas
Desportos motorizados a sério, com reportagens e entrevistas: 6 páginas
Política algarvia a sério: 12 páginas
Política nacional a sério: 8 páginas
Cultura a sério: 12 páginas
Câmara Municipal de S. Brás de Alportel, as suas prepotências, as suas negociatas, os seus concursos fictícios, os seus dinheiros por baixo da mesa dos construtores civis, as suas conversas no interior de um Audi, tudo muito a sério numa grande surpresa que em breve virá a público.
Em breve, com redacção-sede em S. Brás de Alportel irá estar nas bancas de todo o Algarve, de Beja, Évora, Lisboa, Coimbra e Porto o novo JORNAL SEMANÁRIO com o título ALGARVIO
Esquecem-se do tambem Sanbrazence Nuno Carreira que após varios anos a perseguir um sonho estrou-se nos rallyes em Loulé estando a fazer uma boa exibição na sua estreia absoluta tanto do piloto como do navegador apenas pecando por desistencia prematura na pec de S.Brás, por avaria mecanica.É de louvar a persistencia deste jovem de 29 anos que se apresentou em Loulé sem qualquer patrocinio, com as minimas condições,acreditou no seu sonho e conseguiu realiza-lo,e isso é de louvar.Tudo é possivel,basta acreditar,siga-mos o exemplo deste sambrazense e iremos-mos longe.Parabens Carreira,iras ser bem sucedido porque és persistente,acredita e um dia conseguirás um lihar ao sol.Os meus parabens também ao Pedro Duarte,outro Sambrazense que acreditou e agora tem os resultados dos sacrificios que efectuaram.
Rallyfan
Obrigado pelo comentário acerca da minha pessoa neste Blog,foi dificil mas consegui,pra estreia não posso dizer que tenha corrido mal,apenas lamento não ter terminado,mas paciencia,foka pra proxima.De qualquer forma os meus parabens ao Pedro pela exelente exibição,continua assim e teremos o Campeão este ano em S.Brás.Quanto a mim na 1ªPec,correu bastante mal,não conduzia o carro há meses,eu e o nsvegador nunca tinha-mos corrido tratando-se de uma estreia absoluta,tambem nunca efectua-mos quaquer teste neste veiculo,pelo que o desconhecimento era total,sofri um ligeiro despiste pouco depois da partida,o piso tirou-me bastante confiança por estar bastante escorregadio,logo depois ao despiste,por falta de experiencia nos reconhecimentos,perdemo-nos nas notas,tendo de fazer quase a totalidade da pec sem notas,no fim fica o orgulho de ter efectuado a pec de S.Brás quase na sua totalidade onde o publico aplaudiu bastante deixando-me bastante orgulhoso,fica na minha consciencia que vinha a dar o meu melhor,efectuando grandes atravessadelas,mas como atrás referi,desisti antes de terminar a pec com a tranmissão partida,mas os bons tambem desistem,fica é a promessa que voltarei,esperando ter mais sorte e que ao menos possa terminar,mas voltarei,porque apesar de não ter patrocinios,acredito no meu sonho e vou continuar.o meu obrigado a todos os que me apoiaram.
Nuno Carreira
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