Naquela artéria decorrem obras de reclassificação e beneficiação urbanística a cargo da empresa Soporcil, no âmbito de um contrato com a Câmara Municipal, e a dada altura com o consentimento da edilidade, duas parcelas imóveis, uma ruína e um armazém, foram simplesmente arrasadas pelas máquinas ali presentes.
Naquele momento iniciara-se um grande conflito e um caso que mereceu a atenção de jornais e televisão. E isto, porque o arrendatário do armazém não tivera conhecimento que a demolição iria ter lugar e nesse sentido todos os seus objectos e valores que se encontravam no interior do armazém passaram a fazer parte de um monte de entulho.
“Nem queria acreditar cheguei ao local e tinham rebentado com um portão fechado a cadeado” disse Pedro Machado, arrendatário da parcela-armazém que foi demolida “com imensos objectos de valor que nós tínhamos guardado, nomeadamente mobílias antigas, um cofre muito antigo, roupas das nossas lojas, um espólios de livros, objectos pessoais, e uma garrafeira, tudo com um valor monetário e sentimental incalculável” acrescentou.
Segundo o mesmo a responsabilidade cabe naturalmente à Câmara Municipal e por isso deu entrada no Ministério Publico uma queixa contra a edilidade, a Soporcil e contra a GNR por esta se ter negado a tomar registo da queixa.
A edilidade sambrasense não aceita as responsabilidades inerentes aos prejuízos resultantes da demolição alegando que a acção teve o consentimento da proprietária das parcelas em causa.
(versão integral da noticia na edição em papel – “o sambrasense” n.º 254