31 janeiro 2007

PSD de São Brás acusa Governo

de «laxismo» e de «marginalizar» habitantes

O PSD de São Brás de Alportel acusou hoje o Governo de "laxismo" e de "marginalizar" os habitantes locais por desrespeitar promessas eleitorais e não lançar medidas de revitalização económica para o concelho.

Em comunicado, os sociais-democratas dizem que a vila algarvia "não se encontra na lista de prioridades" do Governo e protestam contra a ausência de medidas para o desenvolvimento local.

Segundo o PSD, o previsto encerramento dos serviços de internamento de São Brás de Alportel, do serviço de Finanças e do Cartório Notarial, agregando-o na Conservatória, vai retirar à vila a maioria dos serviços existentes.

Além de protestar contra a intenção governamental de encerrar estes serviços, o PSD contesta ainda o encerramento, desde 01 de Janeiro, do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) da vila, fora dos dias úteis e do horário laboral.

A medida obriga os habitantes da vila, cerca de 10 mil, a deslocar-se, em situação de emergência médica, ao SAP de Loulé (a 13 quilómetros de distância) ou ao SAP ou Urgências do Hospital de Faro (a 17 quilómetros).

Os social-democratas criticam a inércia governamental em avançar com obras consideradas prioritárias, como a ligação da vila à Via do Infante (A22) e a construção da barragem do Monte da Ribeira, sublinhando que, desde a construção da variante Sul, pelo governo PSD, "nada de relevante foi projectado".

O PSD reivindica a construção da barragem do Monte da Ribeira, lembrando de que todas as que estão previstas para a próxima década se localizam no Barlavento ou junto ao Guadiana, mas diz que a obra "não passa de um sonho".

"A obra seria importante para reforçar os aquíferos da zona, combater incêndios florestais e aliviar possíveis cheias no Rio Gilão, em Tavira", salientam os sociais-democratas, acusando ainda o Governo de não lançar medidas de reflorestação.

"Os apoios prometidos aos proprietários das áreas ardidas foram insignificantes ou inexistentes", denunciam, lembrando também que a prevista Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de São Brás ainda não avançou.

Para concluir, o PSD reclama a construção da zona industrial de cariz regional prevista no Plano de Ordenamento do Território (PROT) aprovado em 1991 e que ficou no papel.

"Quer o Ministério da Economia, por ausência de interesse, quer a Câmara Municipal, por inércia, nunca tomaram qualquer diligência para a concretização deste pólo de desenvolvimento económico", concluem.

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