05 março 2006

ALTA TENSÃO

Impacte Ambiental das Linhas de Alta Tensão no Concelho de S. Brás de Alportel

No âmbito do projecto Jovens Repórteres do Ambiente , um grupo de estudantes dirigiu-se à Fonte Férrea com a finalidade de analisar e estudar a actual situação deste cenário natural, um dos mais ricos e complexos do nosso concelho.

Mais precisamente, o grupo dirigiu-se para apurar os eventuais efeitos e consequências que nos poderá trazer a aplicação de uma medida politica-energética. Esta passa por colocar, ao longo da nossa serra, demarcando, inclusive, a Fonte Férrea, um extenso segmento de postes de alta tensão (que chegam a atingir 150 KV)

O problema desta medida é bastante evidente, destacando-se os efeitos provocados pelo electro-magnetismo, campo energético de alta tensão, que é extremamente maléfico para o meio ambiente e seus habitantes. Para além de mais, o electro-magnetismo e os restantes efeitos destas "forças energéticas" estão na origem de um grande número de patologias, entre as quais problemas cardíacos, psíquicos e até mesmo alguns casos de cancro, como a leucemia, sendo então responsáveis, anualmente, por um número significativo de mortes.

Assim, clarifica-se o seguinte: este tipo de energia jamais poderá estar em contacto directo com os seres vivos, pois revela-se perigoso e com um sem numero de efeitos maléficos que, sem quaisquer dúvidas, colocam em causa a integridade física e psíquica daqueles que, mesmo inocentemente, estão em contacto com ela.

Não poderíamos deixar de falar nas alternativas estruturais da energia de alta tensão, ou seja, onde e quais são as outras vertentes para a utilização desta energia que, contudo, é-nos indispensável? As alternativas são escassas, mas, no entanto, elas existem: Uma delas seria, tal como fazem alguns países, passar os cabos e segmentos por debaixo da terra, tendo estes que ser devidamente isolados; outra das alternativas seria recorrer a energias renováveis, como a energia solar, eólica ou hídricas.

Porém, estas alternativas exigem um elevado esforço económico, algo que o nosso país e a sua situação deficitária não permitem.

Enfim, é mais um problema que as associações ecológicas terão que enfrentar, ou melhor, continuarão a enfrentar. Esperemos que o seu esforço seja reconhecido e que, efectivamente, este inimigo se afaste de nós.

Os jovens e aventureiros repórteres da Escola Secundária José Belchior Viegas



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