O Algarve vai sofrer no próximo ano um corte no investimento da Administração Central de quase dez milhões de euros. A proposta de PIDDAC regionalizado do Governo é especialmente negativa para três dos mais pobres concelhos da região, que ficam sem qualquer verba.
O investimento total cifra-se nos 95,2 milhões de euros, menos 9,5 por cento do que o Governo destinara para este ano; 57,1 milhões são para projectos de carácter regional ou interconcelhio e a restante verba (38 milhões) encontra-se dividida pelos concelhos. Faro é o que terá a maior fatia (18,1 milhões). Pelo contrário, Alcoutim, Aljezur e São Brás de Alportel são completamente esquecidos na proposta do Governo.
Macário Correia - AMAL
“…É a continuação da estratégia do abandono…”
“É a continuação de uma estratégia de abandono do Interior, através de um desinvestimento generalizado”, afirma Macário Correia, presidente da Associação de Municípios do Algarve (AMAL). Segundo ele, não dá para perceber como é que “as zonas com maiores carências são as que nada recebem”.
Francisco Amaral – Alcoutim
“…não há nada para fazer em Alcoutim?…”
O presidente da Câmara de Alcoutim está revoltado com a situação. “Pelos vistos, este concelho não faz parte do País”, diz Francisco Amaral. E ironiza: “Parece que para o Governo já não há nada a fazer
Manuel Marreiros – Aljezur
“…já estou habituado a ver o concelho marginalizado”
Manuel Marreiros, que lidera a edilidade aljezurense, está também descontente mas não surpreendido. “Já estou habituado a ver o concelho ser marginalizado, como se não existisse. Sempre foi assim, com este ou outro Governo. É algo que está enraizado”, salienta o autarca. Marreiros ainda acredita, no entanto, que uma das obras de que o município carece – a Variante à Vila – possa ser incluída no orçamento da Estradas de Portugal.
António Eusébio – S. Brás de Alportel
“…São Brás não precisa do PIDDAC…”
Quem não se mostra muito preocupado com o facto de o concelho não aparecer na proposta do Executivo é o presidente da Câmara de S. Brás de Alportel. António Eusébio diz que as principais obras de que o município carece “não precisam de vir no PIDDAC regionalizado”, pelo que irá “aguardar serenamente”. A grande prioridade é a construção da estrada de ligação à Via do Infante e ao Mercado Abastecedor.
4 comentários:
que é como quem diz :
a ligação a via do infante é pra negociar com o ps (autarquicas 09)o resto entre lisenças e venda de patrimonio tá porreiro como se diz em bom socialismo lol
sabe bem viver em s brás...
nem precisamos de verbas do pidac deixa isso para faro loule portimao etc eles precisam mais que nós!!!
isto é tão obvio que até a oposição deve concordar ???
QUE VERGONHA
PREDIOS = PROGRESSO
Mas e este senhor que se diz presidente da CM perocupa - se com o quê? Com o seu 2º. e 3º. emprego? Mas vai preocupar - se porquê?
só espero que não venha a fazer falta...
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