Duração: 60 min. Maiores de 14.
Espectáculo do grupo Arte Pública (núcleo profissional da Associação de Artes Performativas de Beja) que assenta num conceito inovador que aproxima a Lírica do grande poeta à nossa vivência contemporânea, através dos ritmos rap e hip-hop, conciliando o público com a maestria da Língua Portuguesa.
'Lusíadas' cantados e dançados
ao ritmo do 'rapper' General D
"Se Camões vivesse hoje, seria um poeta rap", afirma, convicta, Gisela Cañamero, performer da Companhia Arte Pública de Beja, que está de novo na estrada com a peça Camões É Um Poeta Rap e que pretende mudar a imagem de Camões, dando-lhe uma "roupa actual e radical".
Após uma digressão pelo Brasil e uma caminhada intensa pelas bibliotecas lusas em 2006, a digressão regressa este ano para percorrer mais 47 bibliotecas de norte a sul do País e cativar os mais novos para os hábitos de leitura e, em particular, para descobrirem Luís Vaz de Camões.
Este trabalho, destinado para o público jovem e adulto, tem colhido grandes frutos junto dos mais pequenos, mas acontece também que "os mais velhos ficam emocionados com a força das palavras e de um momento para o outro começam a gostar dos ritmos do rap e do hip hop", explica. Segundo a performer, as crianças são muito sensíveis aos jogos possíveis com o discurso "rappado" ou cantado.
A peça não está munida de uma grande produção, mas é rica nas explicações sobre a vida e obra de Luís de Camões. Gisela Cañamero diz e canta os poemas, comunica e interage com o público e é apoiada por registos sonoros, musicais e de vídeo.
"A peça conta com 17 poemas, 16 dos quais são sonetos cantados, e as duas estrofes iniciais de Os Lusíadas que contam com um refrão que é uma contaminação com uma canção de General D", revela orgulhosa, enquanto explica que "não foi feito qualquer esforço para rimar. A métrica dos poemas adaptam-se bem".
Com o apoio do Ministério da Cultura e do Instituto das Artes, a companhia Arte Pública pretende continuar a despertar os mais novos para os encantos de Camões. O rap que contagia a nova geração e as batidas típicas deste género musical não deixam ninguém indiferente, e a prova disso é que a meio da sessão, todos dançam e cantam: "As armas e os barões assinalados, que d(a) ocidental praia lusitana, por mares nunca antes navegados, passaram ainda além da Taprobana " A não perder!
2 comentários:
Que sacrilégio!!! -Próprio de um bando de imbecis.
fui ver isso hoje... alem da merda que aquilo foi.. pah é uma ofensa ao hip-hop.....
ja agora nao sei pk continuam a dizer " musica hip-hop e rap"... isso é o msm que dizer... hoje joga o slb e o benfica.....
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