Desorganização Organizada - Observatório

Inoperante, inútil e utópico são palavras que poderiam muito bem definir o Observatório Municipal para o Desporto.

Criado em 2002 pelo executivo de António Eusébio e desde sempre presidido pelo vereador para a Cultura e Desporto, Vítor Guerreiro, este observatório pretendia ser um importante passo, rumo à execução do Plano Estratégico de Desenvolvimento Cultural e Desportivo do Município, plano esse que nunca chegou a apresentado, discutido ou implementado.

Com a criação deste Observatório, a autarquia pretendia, segundo António Eusébio, “optimizar as infra-estruturas culturais e desportivas existentes no concelho, programar e planear as actividades nestas áreas e utilizar com o máximo de rendimento os recursos existentes, quer a cargo da Câmara Municipal, quer das Colectividades e Associações”.

Composto por elementos das Colectividades e Associações do concelho, que supostamente representariam o movimento associativo de São Brás de Alportel, e por técnicos da Autarquia, que ordinariamente reuniriam trimestralmente. Porém as reuniões acabaram por ser semestralmente e em alguns anos anuais. Fizemos as contas e deste que foi criado ( Abril de 2002) o Observatório reuniu 6 vezes e apenas para agendar as actividades das associações por forma a autarquia poder promover a sua divulgação e enquadrar as iniciativas dentro de actividades municipais, como foi os casos dos “Encontros para Comunidade e Família” entretanto extintos ou mais recente o “Festival de Verão” na fonte férrea onde participaram/trabalharam algumas associações do concelho sob a batuta da vereação desportivo-cultural.

Confusão está instalada na área do futebol concelhio.

Com tanta falta de arte e engenho, para não lhe chamar-mos incompetência, demonstrada pelo responsável do Desporto concelhio para organizar, ou mesmo pensar num Plano Estratégico de Desenvolvimento Cultural e Desportivo a confusão há muito que se encontra instalada no seio das associações e clubes. As associações culturais procuram o subsidio fácil à custa da participação em eventos camarários, alguns deles ridículos, ou realizando de eventos de carácter e/ou qualidade duvidosa, tudo serve para cair na graça da autarquia. Com as associações desportivas é diferente, estas têm maior dificuldade em obter a famigerada graça que lhes mantêm vivas e dinâmicas. São por isso conhecidas as atribuladas relações entre o futebol (Sambrasense, Machados, 1.º Janeiro) e a autarquia (Câmara Municipal e Junta de Freguesia), que inclusive ditaram inúmeras e caricatas situações, sempre com o maior prejuízo para praticantes de futebol do concelho.

Autarquia, Machados, 1.º Janeiro e Sambrasense à mesma mesa

O mecenato e o voluntariado tem vindo a decrescer bem como a “ajuda” municipal. Neste momento a concertação é a palavra de ordem, segunda-feira dia 4 de Setembro Câmara e Clubes de Futebol vão estar sentados à mesma mesa. A ordem de trabalhos é o futuro do futebol em São Brás. Há propostas de fusão, há propostas de cedência de campos, há propostas para extinções, há propostas para tudo... a bem dos praticantes futebol no concelho. Também vai haver discussão sobres subsídios, os clubes reclamam aumentos que não vêem desde da entrada do Eng.º Eusébio para a presidência, a autarquia pretende apresentar propostas de redução. Vamos ver como tudo acabará…

CONTRIBUIÇÃO ANONIMA

Estão inscritas na Associação de Futebol do Algarve, 16 onze equipas de São Brás de Alportel, 11 de futebol (3-UDRSambrasense, 1-GD Machados e 7- 1.º Janeiro) e 5 de Fute Sala (2-Machados, 3- AJS). As infra-estruturas desportivas do concelho há muito que são insuficientes para os clubes. falta tudo... menos a «piscina coberta aquecida municipal pública "eng.º antónio eusébio"» ... Ficamos à espera do resultado da reunião, com a esperança que a montanha não acabe por parir um rato!