23 março 2007

Morreu atropelado ao fazer exercício

Foi colhido por um veículo ligeiro de mercadorias

O exercício físico foi fatal para Amílcar Manuel dos Santos Ferreira, de 38 anos, natural de Vale Chã (Pombal) e residente em São Brás de Alportel. Morreu anteontem num acidente de viação, cerca das 20h00, na Estrada Nacional 270, na variante a São Brás de Alportel, colhido por um ligeiro de mercadorias, conduzido por um estrangeiro, quando seguia numa bicicleta de montanha.

O cunhado, José Silva, explicou ao CM que “anteontem, ao fim da tarde, o Amílcar chegou a casa vindo do trabalho, numa obra de construção civil em Faro, e resolveu ir dar uma volta de bicicleta”, conta este familiar, que recorda a sua última conversa com o cunhado. “Uns dias antes da tragédia disse-lhe, a brincar, que tinha de fazer ginástica, pois estava a ganhar barriga e o Verão estava a chegar.”

Amílcar Ferreira foi visto a encher de ar os pneus da sua bicicleta de montanha, que raramente utilizava. “Disse à mulher que ia dar uma volta, mas já não regressou”, afirmou, emocionado, o cunhado.

Na variante a São Brás de Alportel, entre a rotunda nascente e a estrada para Faro, Amílcar Ferreira sofreria o embate violento de um veículo ligeiro.

“Foi colhido por trás e na berma, numa via tão larga, com uma berma com um metro, e projectado quase cem metros”, diz José Silva, que reconhece o perigo de a bicicleta não ter luz (apenas um reflector) e de o cunhado vestir uma camisola escura. Mas, refere, “não percebo a razão de o condutor nem ter travado a viatura”.

"TINHA UMA VIDA ESPECTACULAR"

Amílcar Ferreira era casado e pai de duas filhas, com 18 e 14 anos, ambas estudantes. “Tinha uma vida espectacular”, confidenciou ao CM José Silva. “O meu cunhado Amílcar era estucador de profissão, mas tomava obras de subempreitada, tendo sempre uma dezena de homens sob as suas ordens”, explica. Residia em São Brás de Alportel há cerca de vinte anos, onde comprou um lote de terreno e construiu a sua residência. A filha mais velha esteve no Porto, esta semana, numa visita de estudo pela escola E.B. 2,3 poeta Bernardo de Passos. “A professora que acompanhou os alunos já foi avisada, mas a jovem só vai saber da morte trágica do pai, que adorava, quando hoje [ontem]chegar a São Brás de Alportel”, explica José Silva.

in: Correio da Manhã - Teixeira Marques

2 comentários:

Anónimo disse...

À falta de um local para fazer exercício (correr, andar de bicicleta ou, simplesmente, andar....) aqui na vila há muitas pessoas que usam a variante para fazerem esse exercício e eu sou uma delas..... contudo, nunca fui nem irei à noite porque a via não tem iluminação.....

Foi uma vida que se perdeu.... é muito triste.....

Saibamos aprender com esta lição.

- Nunca andar de bicicleta sem luz à noite;

- Limitar a velocidade naquela via (porque não pôr radares a controlar a velocidade e sugiro que a máxima passe para 80 km/h);
Vedar bem a vedação da mesma (qualquer dia alguém se vai magoar mesmo se atropelar um cão a 120 km/h!!!!)

- É urgente criar um circuito de manutenção, mesmo sem grandes comodidades tipo o trajecto do DOWNHILL mas com outro tipo de percurso, claro..... (aliás, outro inconveniente de correr na variante é o piso pior do que aquilo só o betão para correr ou andar....?

Paz à Alma do falecido e sentidos pêsames à família enlutada.

Anónimo disse...

eu concordo plenamente com o comentário anterior!