A Escola Poeta Bernardo Passos, em São Brás de Alportel, vai receber o lançamento do concurso «Tree Parade 2007» e a apresentação do «Guia de Educação Ambiental: conhecer e preservar as florestas», hoje, às 10h30, data em que se comemora o Dia Mundial da Árvore.
O «Tree Parade 2007» é um concurso inédito que se desenvolve no âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios.
Tem como objectivo incutir nas crianças e nos jovens a sensibilidade para a floresta e seus recursos e alertar a população escolar para a problemática dos incêndios florestais.
Neste projecto vão participar centenas de alunos de 77 escolas de todo o país, que terão que dar uso à imaginação e criatividade para adornar uma árvore.
Os trabalhos finais serão expostos, avaliados, sujeitos a uma votação e os três mais originais receberão os respectivos prémios, aprovados pelo júri nacional.
O «Guia de Educação Ambiental» é um auxiliar didáctico para professores e educadores no apoio à preparação de aulas e a projectos educativos desenvolvidos no meio escolar e por eles orientados e dinamizados, no âmbito dos espaços e recursos florestais.
Levar a floresta aos jovens para levar os jovens à floresta, formando-os no respeito pelos recursos naturais e florestais, sensibilizando-os para a prevenção dos incêndios florestais e desafiando-os a conhecerem melhor este importantíssimo recurso natural renovável são alguns dos desafios para os quais este Guião pretende contribuir.
Rui Nobre Gonçalves, secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, e Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, estarão presentes.
Estas duas iniciativas, promovidas pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), estão integradas nas comemorações da Semana Florestal e contam, por isso, com a presença do Sub-Director Geral dos Recursos Florestais Paulo Mateus, a quem caberá a abertura da cerimónia e a apresentação do «Tree Parade».
Teresa Evaristo, sub-directora Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, fará a apresentação do «Guia de Educação Ambiental», enquanto parceira da DGRF na edição do manual.
8 comentários:
Tree Parade 2007
Não consigo entender a razão absurda de um evento desta natureza ser promovido em língua inglesa, com a agravante de se passar num estabelecimento de ensino português. Mas, afinal o Algarve já é inglês? Ou tem razão o atrasado mental do ministro da Economia quando promove o nosso algarve como ALLgarve? Parece que sim. Onde está agora o Viegas e o Macário a protestar por um evento muito nosso que em nada tem a ver com os anglo-saxónicos a ser promovido em inglês?
Deixemo-nos de complexos e de peneirices e baixemos à terra onde estão as nossas queridas árvores. ÁRVORES - ÁRVORE e nada de "tree"
very nice bem posto!
concordo plenamente!
Sem Espinhas
Apoiado!!!!
Temos de ter orgulho do que é nosso e, a importarmos algo, que seja melhor do que aquilo que já temos.....
Como povo não temos de que nos envergonhar, bem pelo contrário.....
Para além de todos os feitos de que fomos capazes na época dos Descobrimentos agora até se descobriu que descobrimos a Austrália 2 séculos!!!! antes dos nossos aliados Ingleses..... levávamos 2 séculos de avanço em relação aos British...... e esta hein????????
Tree Parade???
Lembram-se de uma tal "Cork Fashion"?
Também era em língua "camone"!
Acho melhor é pôr o bacano que estava no Lagar da Mesquita aí a promover a festa da Tree Parade, pois assim ninguém chateia. Ele pôe para lá um musicol, leva umas gajas boas de um qualquer Jetset de esgoto, dá umas cervejas à malta e pimba tá feito...
Ass: Fiquem Bem!
PORTUGUESES DESCOBRIRAM A AUSTRÁLIA
Há muitos anos, cerca de 20, que o professor australiano Kenneth McIntyre, da Universidade de Sydney provou que foram os navegadorers portugueses os primeiros a chegar à costa da Austrália. O referido catedrático publicou um livro "A Descoberta Secreta da Austrália", no qual esplana pormenorizadamente como os portugueses acostaram em terras australianas. E o professor McIntyre incluiu ainda como prova do feito, o facto de na língua aborígene existirem cerca de 100 palavras da língua portuguesa, entre elas a palavra "bola" influenciada pelas balas dos canhões das caravelas portuguesas. Uma das balas ainda é guardada por um chefe tribal aborígene como uma peça sagrada e intocável. Na cidade australiana de Wollongong é festejada todos os anos a chegada dos portugueses e foi ali eregido um padrão de descobrimentos.
“É um ponto consagrado da nossa historiografia e dos historiadores sérios da comunidade internacional. Mas quando se entra na divulgação é o cabo dos trabalhos. Só por distracção e desconhecimento” se continua insistir na tese de James Cook como o navegador que primeiro pisou terras da Austrália. É o que afirma o historiador português Pedro Dias, ex-director nacional da Torre do Tombo, no diário Hoje Macau, a propósito da tese, ontem veiculada pelos média, do historiador e jornalista australiano Peter Trickett, autor do livro “Beyong Capricon”.
A tese patente no livro atribui a paternidade da descoberta da Austrália e Nova Zelândia a descobridores portugueses. Em particular, a uma frota portuguesa, liderada pelo comandante Cristóvão Mendonça, em busca da mitológica Ilha do Ouro, referida por Marco Pólo, que na realidade existe duzentas léguas a sul de Samatra, e que descobriu a Austrália e a Nova Zelândia, 250 anos antes do inglês James Cook.
A frota portuguesa terá partido de Malaca numa missão secreta, em 1522, em direcção à costa este da Austrália, tocando em vários pontos do continente e regressando através da ilha norte da Nova Zelândia. No livro, Trickett sustenta que os portugueses mantiveram em segredo esta descoberta devido à rivalidade com os espanhóis. Se a teoria de Trickett estiver correcta, tal significa que os europeus mapearam a Grande Terra do Sul e a Nova Zelândia um século antes do que até era dado como certo.
O Atlas de Vallard
Há oito anos, o autor terá deparado com um conjunto de mapas reproduzidos a partir do chamado Atlas de Vallard [do navegador Nicholas Vallard]. Uma colecção de cartas que representam o mundo como era conhecido na Europa no século XVI.
O atlas que se encontra na Biblioteca Huntington, na Califórnia, foi desenhado por cartógrafos franceses em 1547, a partir de mapas portugueses roubados. Estudiosos modernos repararam que uma dessas cartas continha traçados que faziam recordar a linha de costa de Queensland, ao lado de um ponto que assinala um ângulo com uma distância de 1500 quilómetros. Foi nessa altura que Trickett avançou com uma teoria – os franceses tinham separado, por erro, duas das cartas portuguesas que estavam a copiar. Com a ajuda de um especialista informático, o autor dividiu o mapa em dois e girou a parte inferior em cerca de noventa graus. Foi aí que verificou que carta coincidia quase na totalidade com a linha de costa este da Austrália e do sul do continente até à localização das ilhas Kangaroo, no que é hoje o sul da Austrália. Visível era também o norte da Nova Zelândia. Trickett ajuda a suportar esta tese com a descoberta de artefactos marítimos portugueses nas costas da Austrália, incluindo uma bala de canhão e um capacete “provavelmente de origens portuguesas”, encontrado no porto de Wellington nos princípios do século passado. O historiador cita ainda a descoberta, na década de setenta do século XX, de uma chumbada de linha de pesca de origem portuguesa na Ilha de Fraser, ao largo de Queensland. Análises à chumbada indicaram que tinha sido fabricada em Portugal ou no sul de França cerca do ano 1500.
Missão secreta
Trickett acredita que a expedição foi confiada a Cristóvão Mendonça, como uma missão secreta pelo rei D. Manuel I, para que encontrasse a terra fantástica do ouro, a sul de Java, alusão às referências de Marco Polo no século XIII. O jornalista acredita ainda que mais de cem nomes dos mapas antigos coincidem com a actual geografia das costas da Nova Zelândia e da Austrália, incluindo Botany Bay – onde Cook desembarcou em 1770.
“Este mapa pode ser um choque para os anglófilos, mas as evidências não deixam quaisquer dúvidas de que os portugueses estiveram em Botany Bay e que registaram essa descoberta, em cartas, 250 anos antes da chegada de Cook e do ‘Endeavour’”. Os portugueses não povoaram as novas terras devido a uma enorme falta de recursos e de mão-de-obra. Se não tivessem comprometido a sua capacidade militar nas guerras do norte de África nas décadas de 1560 e 70, “a Nova Zelândia e a Austrália poderiam hoje ser países diferentes. Estaríamos a falar português, imagino”, disse Trickett. “E, de certeza, jogaríamos melhor futebol”...
“Nada de novo”
A tese agora defendida pelo historiador australiano “é uma tese que está consagrada na nossa historiografia. Não é nada de novo”, prossegue a sua explicação o ex-director da Torre do Tombo. “Só que qualquer estrangeiro que diga o que nós já dissemos tem logo uma imensa repercussão”.
Pedro Dias refere intervenções e investigações de historiadores portugueses da primeira metade do século - Duarte Leite, 1941, Armando Cortesão, 1939, Gago Coutinho na Sociedade Geografia Portuguesa na comunicação intitulada ‘Os portugueses e a descoberta da Austrália’ – que defendem a mesma tese. O historiador refere-se às oito cartas de Dieppe, um conjunto de mapas de entre 1541 e 1547, a última da autoria de Nicholas Vallard onde se “referem vários topónimos” coincidentes com os actuais. Depois de 1522 e da frota de Cristóvão Mendonça, outra frota, em 1525, comandada por Gomes de Sequeira, terá também atingido a costa de York, na Austrália, após um temporal a caminho das ilhas Celebes.
Tese de Cook é ignorante
“A historiografia séria, mesmo os historiadores australianos, não põem isso em causa”. “Só por distracção e desconhecimento” é que se continua a insistir na tese de James Cook. “Quando se entra na divulgação e nos manuais é o cabo dos trabalhos. Tem que se ter muito cuidado”, alerta. O mesmo desconhecimento se passa em relação a vários factos históricos. “Se for à África do Sul e perguntar a um turista que esteja a admirar a Table Mountain [Cidade do Cabo] todos lhe garantem que quem passou por ali primeiro foi um navegador holandês”, lamenta-se. Isto já para não falar de chegada à América, em 1492, “que foi ao Haiti e não à América, só que os americanos não falam do Haiti por razões óbvias”. Mas “antes de Colombo ter chegado ao Haiti já os Corte-Real tinham andado pela terras do norte da América” nas costas de Labrador, no actual Canadá. “Tal como ninguém fala da chegada à Califórnia de [João Rodrigues] Cabrilho” em 1542-43, termina. “Ou este facto, que já é mais controverso, da presença de Duarte Pacheco Pereira no Brasil, antes de Pedro Álvares Cabral”, atira.
João Eduardo Severino
PS -
1. Desejo endereçar um grande abraço de amizade a todos que em S. Brás de Alportel sempre manifestaram alguma consideração pela minha pessoa.
2. Aos leitores deste blogue que o ano passado colocaram comentários a meu respeito acusando-me de "forasteiro" ou "comuna", dizer-hes que o meu avô era algarvio e que nunca fui "comuna", apesar de respeitar todos quantos optaram pela ideologia comunista.
Caro Severino
Foi com grande alegria que li este seu extraordinário e belíssimo artigo. Folgo muito em vê-lo neste blog da nossa S. Brás, terra que eu sei que você não esquece. Esteja onde estiver quero desejar-lhe as maiores felicidades e muito gostaria que voltasse à nossa terra e que pudesse ser aqui de novo jornalista, o melhor que eu vi em todo o Algarve. Digo-lhe isto sem qualquer favor, vi o seu trabalho e nunca tinha visto igual. Fique sabendo que tem aqui muitos amigos. E em relação ao terem-lhe chamado comuna não se aborreça porque os comunas não comem as criancinhas. Ainda só mais uma coisa, ainda gostava que um dia o amigo escrevesse quem é que lhe fez mal aqui, eu sei que houve pessoas que lhe fizeram mal. Um grande abraço daquele que você entrevistou no café da avenida
Grande artigo!!!!
Os medíocres esquecem-se. Os competentes jamais!!!!
Grande senhor joao severino. obrigado por este artigo. você é dos bons e muito gostava que voltasse prá nossa terra. precisamos de pessoas que saibam escrever e promover o que aqui fazemos para bem de todos. até no tal gabinete de imprensa da câmara municipal você tinha lugar para que o boletim fosse melhor. um abraço de vários amigos de s. brás, machados, estoi, bordeira e alportel porque eu imprimi o artigo e dei para vários amigos que lhe mandam um abraço
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